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Lula. Foto. Ricardo Stuckert / PR

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta quinta-feira, 17, que o Brasil vai “cobrar imposto das empresas americanas digitais”. A declaração aconteceu durante o 60º Congresso da União Nacional dos Estudantes (UNE), em Goiânia.

Lula não especificou como aconteceria a taxação das chamadas “big techs”. A declaração se deu no calor de críticas do presidente sobre o ambiente digital e às reações à tarifa de 50% anunciada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre produtos brasileiros.

“Ele (Trump) disse: ‘Eu não quero que as empresas americanas, as empresas de plataforma, sejam cobradas no Brasil’. Vou dizer uma coisa, o mundo tem que saber que esse País só é soberano porque o povo é soberano e tem orgulho desse País. Eu queria dizer para vocês que a gente vai julgar e cobrar imposto das empresas americanas digitais”, afirmou o presidente.

“Não aceitamos que, em nome da liberdade de expressão, fiquem falando mentira, façam violência entre crianças, contra mulheres, os negros, LGBTQIA+”, disse. “Não vamos permitir, porque o dono do Brasil é o povo brasileiro. não vamos permitir que nossas crianças sejam vítimas de coisas de fora do nosso controle”.

Regulação existe em outros países

Alguns países ao redor do mundo, ao aprovarem regulamentações das redes sociais, aplicaram impostos sobre serviços digitais. O Canadá, por exemplo, é um deles. O país vizinho dos Estados Unidos, porém, revogou essa taxa justamente em meio à negociação com os EUA por causa das taxas.

Presidente chama Bolsonaro de traidor

Diante de uma plateia simpática à esquerda, Lula fez críticas ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Disse que Bolsonaro e sua família “têm de ser tratados como traidores do século 20 e 21 da história desse País”.

Lula voltou a culpar o ex-presidente e seu filho Eduardo pela taxação imposta por Donald Trump ao Brasil. “Eles não tiveram preocupação com os prejuízos que essa taxação vai trazer ao Brasil, à indústria, ao agronegócio”, declarou.