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Divulgação/MPPR

O ex-prefeito de Nova Tebas Clodoaldo (PL) é alvo de uma ação de responsabilização por ato de improbidade administrativa. De acordo com o Ministério Público do Paraná (MPPR), o chefe do Poder Executivo no município na região central do Paraná teria frequentado, durante o mandato e em período integral, curso de Medicina numa instituição de ensino que fica a mais de 70 quilômetros da cidade que ele deveria chefiar.

Clodoaldo foi prefeito da cidade por dois mandatos, entre 2017 e 2020 e 2021 e 2024. Por outro lado, frequentou entre julho de 2021 e dezembro de 2023 o curso de Medicina, quando trancou sua matrícula para o ano seguinte. E no período em que frequentou o curso superior, manteve o recebimento dos vencimentos como prefeito.

Na visão do MPPR, a graduação do então prefeito era uma atividade de interesse particular e que acabava afrontando o interesse público, considerando a incompatibilidade de horário. O prejuízo ao erário, ainda segundo o parquet, teria alcançado o montante de R$ 469.203,47. O valor equivale aos salários por ele recebidos no período (R$ 409.136,21) somados às diárias que ele também teria recebido pelo cumprimento de agendas oficiais com deslocamento a outras cidades (R$ 60.067,26).

Antes de propor a ação, a Promotoria de Justiça buscou solucionar a questão pela via extrajudicial, com o envio de recomendação administrativa. O então prefeito, entretanto, não acatou as orientações e buscou a prorrogação do prazo concedido para o saneamento da situação. Com a ação ajuizada, foi requerido, além da condenação do ex-prefeito por ato de improbidade administrativa, que pode acarretar a perda de função pública e a proibição de contratar com o poder público, entre outras sanções, o ressarcimento integral do dano causado aos cofres públicos.