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Desmatamento (Foto: IAT)

A mais recente edição do Relatório Anual do Desmatamento (RAD) do MapBiomas no Brasil apontou a redução de 64,9% do desmatamento ilegal da Mata Atlântica no Paraná. O MapBiomas é uma iniciativa multi-institucional envolvendo universidades, ONGs e empresas de tecnologia. O relatório saiu em maio.

De acordo com o material, a área de supressão vegetal do bioma diminuiu de 1.230 hectares em 2023 para 432 hectares em 2024. Em quatro anos, entre 2021 a 2024, a queda foi de 95%.

Em 2025 os números estão nessa regra. De acordo com o IAT, houve diminuição de 35,6% na ocorrência de crimes ambientais contra a flora no 1º semestre no Paraná.

“São os frutos de uma política ambiental firme e eficaz. O Paraná registra expressiva queda nos crimes contra a flora, com menos desmatamento, menos infrações e mais respeito à Mãe Natureza. É o zelo ambiental em ação, com tecnologia, fiscalização e amor às nossas matas”, ressaltou o secretário estadual de Desenvolvimento Sustentável, Rafael Greca.

Operação

O Instituto Água e Terra (IAT), autarquia vinculada à Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável (Sedest), divulgou nesta terça-feira (22) o resultado da 2ª Operação de Combate ao Desmatamento Ilegal da Mata Atlântica no Paraná de 2025. A força-tarefa ocorreu entre os dias 13 e 20 de julho em 12 municípios das regiões de abrangência dos escritórios de Irati, Guarapuava e Pato Branco.

Ao todo, foram lavrados 164 Autos de Infração Ambiental (AIA). E houve a aplicação de R$ 4.678.925,57 em multas, um acréscimo de 110% em relação à 1ª Operação, em maio. Houve, ainda, o embargo de uma área de 584,8 hectares, o equivalente a 600 campos de futebol.

Pinhão, no Centro-Sul do Paraná, concentrou 2/3 das infrações, com 109 ocorrências. Na sequência aparecem Inácio Martins (20), Porto Barreiro (7) e Virmond (7), também na região. Candói, Cantagalo, Coronel Domingos Soares, Goioxim, Guarapuava, Mangueirinha, Palmas e Reserva do Iguaçu completam a lista.

‘Poder de vigilância’

“Essa é mais uma demonstração do poder de vigilância do IAT, por meio dos nossos agentes fiscais, que estão espalhados por todo o Paraná, mas principalmente nas áreas com grandes remanescentes de Mata Atlântica”, destacou o gerente de Monitoramento e Fiscalização do Instituto, Álvaro Cesar de Goes.

A ação contou com a participação de 22 servidores dos núcleos do IAT em Cianorte, Cornélio Procópio, Foz do Iguaçu, Guarapuava, Francisco Beltrão, Maringá, Paranavaí, Ponta Grossa, Umuarama e União da Vitória, além da técnicos da Divisão de Fiscalização Ambiental (DFI) e do Núcleo de Inteligência Geográfica e da Informação (NGI), ambos de Curitiba. Houve apoio também de drones e do helicóptero do Centro de Operações Aéreas (COA) do Instituto.

“Estamos muito atentos e, com amparo da tecnologia, vamos pegar quem insiste em cometer crime ambiental. Novas operações vão ocorrer até o fim deste ano em diversas regiões do Estado”, afirmou Goes.