
O Paraná Clube comunicou nessa terça-feira (dia 18) a demissão de mais quatro profissionais. O auxiliar-técnico Ademir Fesan, o auxiliar de preparador de goleiros Felipe Jorge, o preparador físico Gustavo Araújo e o fisioterapeuta Alexandre Leite foram dispensados pelo clube. A justificativa do presidente Leonardo de Oliveira foi a situação financeira. “A questão é estritamente financeira. Precisamos criar novas situações no departamento de futebol e sempre que uma receita precisa ser realocada, ela precisa sair de algum lugar”, declarou, em entrevista coletiva, nessa terça-feira (dia 18). No último sábado, Rodrigo Pastana foi demitido do cargo de executivo de futebol.
Nessa terça-feira (dia 18), o Itaú BBA divulgou seu relatório anual sobre os clubes brasileiros, com o balanço de 2017. O Paraná terminou o ano passado com R$ 156 milhões de dívidas, segundo dados divulgados pelo Globoesporte.com.
O número parece assustador, mas fica abaixo da média nacional. O Itaú BBA calculou que os 27 maiores clubes do futebol brasileiro devem um total de R$ 6,6 bilhões. A média é de R$ 244 milhões por clube.
A gestão de Leonardo de Oliveira assumiu o clube em 2015. O balanço contábil do clube de 2014 já trazia uma dívida de R$ 117 milhões. "O torcedor que nos elegeu nunca foi enganado. Sempre soube que a nossa proposta era reconstruir o clube e começar a pagar a conta que alguns não pagaram. É isso que a gente tem feito e que vai continuar fazendo", disse o atual presidente do clube, nessa terça-feira (dia 18).
Dos R$ 156 milhões que o Paraná devia no final de 2017, R$ 124 milhões eram em impostos. Ou seja, podem ser negociados para pagamentos a longo prazo e com juros menores. As dívidas bancárias são de R$ 25 milhões e as operacionais, de R$ 10 milhões.
Em 2017, a arrecadação do Paraná foi de R$ 23 milhões. A maior contribuição veio de planos de sócios e bilheterias: R$ 9,9 milhões. Direitos de transmissão de TV somaram R$ 7,8 milhões. Patrocínio chegou a apenas R$ 2,2 milhões e a venda de jogadores, R$ 1 milhão.
Ainda não há dados sobre 2018, mas a tendência é que a arrecadação aumente, principalmente por causa das televisionamento maiores na primeira divisão. Também não há informações sobre o valor atual da dívida do clube.
FUTURO
Com os ajustes nas finanças e sem gastar em excesso em 2018, Leonardo de Oliveira acredita que o Paraná Clube terá anos mais tranquilos nos próximos anos. “Essa é uma garantia que não pode se dar no futebol. Qualquer pessoa que afirmar isso para qualquer clube, está mentindo. Agora, que nós criamos condições, dentro desse planejamento, para que o clube tenha uma continuidade garantida, aconteceu. Que teremos menos dificuldades do que quando entramos, é possível afirmar. Se vai subir, se vai permanecer, não se pode afirmar. O trabalho que vem sendo feito é para a continuidade do clube”, declarou o dirigente, nessa terça-feira.