
O indicador de Intenção de Consumo das Famílias (ICF), elaborado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e divulgado pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná (Fecomércio PR), teve queda neste mês. Na comparação com julho, baixou de 104,9 pontos para 103,3 pontos em agosto, redução de 1,6%.
Veja tabela abaixo:
Ago/18 |
Paraná |
Variação Mensal |
Variação Anual |
Nacional |
Variação Mensal |
Variação Anual |
|
(Em Pontos) |
% |
% |
(Em Pontos) |
% |
% |
Emprego Atual |
124,8 |
-0,4 |
7,7 |
112,4 |
-0,4 |
4,9 |
Perspectiva Profissional |
85,0 |
-6,8 |
-6,7 |
100,2 |
-0,8 |
4,5 |
Renda Atual |
153,2 |
-1,1 |
0,5 |
99,3 |
0,3 |
9,2 |
Acesso ao crédito |
87,2 |
3,0 |
7,5 |
78,6 |
0,0 |
10,1 |
Nível de Consumo Atual |
87,7 |
1,7 |
17,1 |
66,1 |
3,4 |
22,0 |
Perspectiva de Consumo |
85,9 |
0,4 |
29,3 |
83,5 |
1,8 |
19,9 |
Momento para Duráveis |
98,9 |
-7,2 |
13,4 |
59,0 |
1,1 |
13,8 |
Índice |
103,3 |
-1,6 |
8,9 |
85,6 |
0,6 |
10,7 |
Por outro lado, na comparação com agosto de 2017 o indicador mostra elevação de 8,9%. Apesar da variação mensal negativa, a intenção de consumo do estado tem o melhor agosto desde 2015 e se mantém acima da média nacional, que é de 85,6 pontos.
O perfil de consumo das famílias de maior renda vem derrubando o indicador desde abril. Após a recuperação expressiva no primeiro trimestre, observa-se que as classes A e B iniciaram um processo de contenção dos gastos. De julho para agosto a ICF entre as famílias que auferem renda acima de dez salários mínimos caiu 6,6%. Nas classes C, D e E também houve redução do indicador, mas de apenas 0,39%.
O fraco crescimento da economia e as dificuldades de reação do mercado de trabalho desencorajam o consumidor a gastar, sobretudo em compras não essenciais. A tensão pré-eleitoral e o cenário político indefinido agravam a insegurança das famílias.
Mercado de trabalho
O mercado de trabalho é o que mais preocupa o paranaense. A percepção quanto à segurança no emprego teve queda de 0,4% em agosto ante o mês de julho, enquanto a perspectiva de melhora profissional caiu 6,8%. Com o aumento gradual do desemprego, verifica-se que a maioria dos trabalhadores está conformada com a situação salarial e poucos acreditam em possibilidades de evolução, tanto que esse item recuou 6,7% na variação anual.
Renda
A renda dos consumidores em agosto baixou 1,1%. Por outro lado, com a ampliação da concessão de crédito pelas instituições financeiras, a avaliação sobre o acesso a financiamentos melhorou 3% na variação mensal.
Consumo
O nível de consumo atual teve aumento de 1,7% em agosto e a perspectiva de consumo subiu 0,4%. No entanto, a maioria dos consumidores considera que esta não é uma boa hora para compra de bens duráveis, geralmente de maior valor. Este quesito teve diminuição de 7,2% em agosto.
AGOSTO |
Situação no Emprego |
Perspectiva Profissional |
Renda atual |
Acesso ao Crédito |
Consumo atual |
Perspectiva de Consumo |
Bens duráveis |
ICF |
2014 |
143,4 |
92,5 |
162,6 |
157,0 |
117,9 |
126,2 |
149,1 |
135,5 |
2015 |
114,8 |
75,8 |
155,9 |
83,9 |
69,4 |
35,1 |
87,0 |
88,8 |
2016 |
108,0 |
86,6 |
153,5 |
70,6 |
60,1 |
30,4 |
81,1 |
84,3 |
2017 |
118,3 |
87,5 |
156,3 |
81,4 |
75,4 |
83,3 |
99,8 |
100,3 |
2018 |
124,8 |
85,0 |
153,2 |
87,2 |
87,7 |
85,9 |
98,9 |
103,3 |