
A distribuição de bonecas a crianças carentes promovida pela Organização das Voluntárias de Goiás (OVG) acabou se tornando uma baita polêmica nas redes sociais e entre políticos do estado. É que a entidade de assistência social, ligada ao governo estadual, entregou brinquedos que possuem órgão genital masculino, embora vistam roupa rosa e possuam a boca rosada, o que faz parecer que estejam usando batom.
Apelidade de ‘boneca trans’, o episódio ganhou grande repercussão após manifestações de políticos nas redes sociais, como o deputado federal Delegado Waldir, que acusou a iniciativa de incentivar a ideologia de gênero entre as crianças. Já o deputado estadual Daniel Messac falou em “doutrinação”, acusando a ideologia de gênero de ser “um mecanismo para destruir as famílias”.
Por outro lado, também houveram vozes que defenderam a OVG, como o deputado estadual Júlio da Retífica, companheiro de partido do governador Marconi Perilloi. Segundo ele, as pessoas que fazem polêmica com o caso estão colocando “chifre em cabeça de égua”, destacando ainda que os brinquedos são divididos em bonecos e bonecadas, cada um com suas respectivas roupas de acordo com o sexo representado pelo brinquedo.
Os itens estão sendo distribuídos em todo o estado e a OVG já afirmou que está à disposição caso os pais queiram devolver o brinquedo. Ainda assim, destacou que há um equívoco no episódio, uma vez que não há a inteção de causar nenhum tipo de polêmica com a iniciativa, que acontece desde 1999. “A intenção é levar alegria às crianças, reforçar os vínculos e estimular o espírito natalino nas pessoas”.
Ainda assim, porém, muitos seguem alimentando a polêmica. Em Jataí, no sul de Goiás, por exemplo, 1,6 mil caixas com os brinquedos não puderam nem ser abertas após vereadores enviarem um ofício à prefeitura para impedir a entrtega dos brinquedos. Já em Anápolis, a Câmara Municipal aprovou uma nota de repúdio, proposta pelo vereador evangélico Lélio Alvarenga (PSC).