FÁBIO ALEIXO
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Patrocinador da CBF desde 2008, o Banco Itaú se manifestou sobre a suspensão de 90 dias do presidente Marco Polo del Nero e afirmou que já sinalizou que a entidade deveria seguir “alicerces de transparência e ética” na gestão. A empresa diz que apoia e acompanha as investigações de casos de corrupção no esporte.
“Como signatário do Pacto pelo Esporte e banco oficial da seleção brasileira em todas as suas categorias, o Itaú apoia e continua acompanhando as investigações em prol da transparência e da ética na gestão do futebol no mundo e no Brasil. É fundamental que a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) demonstre o seu compromisso com esses alicerces, conforme já sinalizamos à confederação em oportunidades anteriores. Nossa ligação com o esporte vem de longa data e foi reforçada em 2008 quando decidimos patrocinar todas as categorias da seleção”, informou o banco em nota oficial.
O Pacto pelo Esporte é um acordo entre empresas patrocinadoras do esporte brasileiro que tem o objetivo de contribuir para a cultura e a prática de governança, integridade e transparência do segmento. Ele é promovido pela Atletas pelo Brasil, pelo Instituto Ethos, Lide Esporte e tem apoio do Mattos Filho Advogados.
A GOL, que também é signatária do Pacto fala em foco na construção de ambiente próprio ao ambiente esportivo.
“A GOL tem como compromisso apoiar o crescimento e o desenvolvimento do esporte brasileiro. Além do patrocínio à Confederação Brasileira de Futebol (CBF), a companhia é a transportadora oficial da Seleção Brasileira. Em outubro de 2015, a empresa participou da assinatura do Pacto pelo Esporte com o intuito de fazer parte de um grupo de trabalho que tem como foco a construção de um ambiente de negócios mais propício ao investimento esportivo, sobretudo de longo prazo”, disse a companhia por meio de sua assessoria de imprensa.
De todos os patrocinadores da entidade procurados, o Itaú e a Gol foram os únicos que já responderam sobre a suspensão de Del Nero.
A Ambev, que patrocina, a seleção por meio da marca Guaraná Antarctica, informou que não vai comentar o assunto.
Até a publicação desta reportagem ainda não se manifestaram: Nike, Vivo, Mastercard, Ultrafarma, English Live, Cimed e Univesidade Brasil.
Em 29 de maio de 2015, dias após José Maria Marin ser preso na Suíça no início do escândalo de corrupção na Fifa, Del Nero concedeu entrevista coletiva na sede da CBF sem nenhum banner com os patrocinadores.
À época, a assessoria de imprensa da CBF informou que não houve tempo para montar o painel no auditório da entidade nesta sexta. Mais tarde, disse que o uso do backdrop é restrito a eventos que tratem de seleção brasileira.
Na posse do cartola como mandatário da confederação, porém, sem ligação direta com a seleção, foram expostas as imagens dos patrocinadores.
Antes do escândalo de corrução, a CBF contava com um total de 13 patrocinadores, hoje são dez.
Os patrocinadores que deixaram a entidade desde então foram: Sadia, Chevrolet, Gilette, Samsung, Umimed e Michellin. As duas primeiras empresas tinham as cotas de patrocínios master.
Hoje o espaço principal é ocupado por Nike, Vivo, Itaú e Guaraná Antarctica.