SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A mudança da técnica cirúrgica que resultou numa ligação direta entre o intestino grosso e o delgado de Bolsonaro foi estratégica também para reduzir o risco de fístula [abertura do local suturado] no período pós-operatório.
“A fístula do íleo [intestino delgado] com o cólon transverso [parte do intestino grosso] é menos comum. E o cólon direito [que foi retirado na cirurgia] não é vital”, afirma o cirurgião Fanti Silva, da Unifesp.
A função do cólon direito é basicamente absorver água. “No começo a pessoa evacua mais vezes ao dia e mais pastoso. Depois, normaliza”, explica o médico. Com a mudança, as chances de fístula caem para menos de 5%.
Em quatro a cinco dias, espera-se que o trânsito intestinal esteja restabelecido e que o presidente comece a evacuar.
Embora o risco de fístula agora seja menor, ele continua existindo especialmente na primeira semana da cirurgia.