Um time de futebol joga à imagem e semelhança de seu treinador. Portanto, a indolência do Atlético nas últimas rodadas do Brasileirão está intimamente ligada à postura do seu comandante. A troca de técnico em nada melhorou o rendimento. Por mais que o Waldemar Lemos tenha promovido a entrada de alguns jogadores formados na base, a produção técnica e os resultados de campo continuam iguais ao do Geninho.
Atualmente, verifica-se uma soma gigantesca de erros, tanto nas escalações quanto na conduta técnica dentro de campo. Além é claro da falta de coerência. Por exemplo, na cidade de Santos, após uma apresentação medíocre, o senhor Lemos disse aos repórteres que o time jogara um belo futebol, moderno e de qualidade. E que Paulo Baier fora um destaque. No entanto, esse jogador foi o primeiro a ser afastado na rodada seguinte. E o time foi humilhado em casa pelo singelo time do Avaí.
A estrutura que o Atlético oferece aos seus profissionais favorece o surgimento de novos talentos. O que impressiona, contudo, é a falta de soluções encontradas dentro de casa. Tais dificuldades propiciam uma opção equivocada por atletas de idade mais elevada. Sem contar com um agravante que passa pela contração de treinadores, como o atual, sem capacidade de treinar um clube da envergadura do Atlético.

Sem consistência
Por incrível que pareça, aquele valente time do Coritiba se acovarda longe do Couto Pereira. Joga sem força e a sua qualidade desaparece num passe de mágica.
Para o técnico René Simões, aquela fragilidade ofensiva verificada contra o Sport foi fruto do gramado encharcado. No entanto, o Barradão estava em boas condições e o que prevaleceu foi a falta de consistência, principalmente no ataque.
No Coritiba há uma clara necessidade de encontrar um centroavante de qualidade. É impressionante como Bruno Batata, um dos destaques do Paranaense, desperdiça tantas oportunidades.
Com relação ao treinador, todos sabem que o futebol é feito de resultados. Como mais uma derrota colocará o time muito próximo da zona de rebaixamento, é bom ficar esperto. Em casa, contra o Botafogo, com o apoio maciço da torcida, qualquer resultado que não seja a vitória poderá colocar na berlinda o comandante do Coritiba. Cuidado!

Vergonha
O título acima resume o que foi o Atlético no sábado. Sem vontade de alguns jogadores e sem técnica, o time foi um desastre na estreia de Alex Mineiro e na apresentação de Clayton. O que mais chateia o torcedor é o comportamento de nosso técnico, que teve coragem de dizer na entrevista coletiva que o time jogou bem e o trabalho vem sendo realizado. Se o trabalho está sendo realizado, eu não sei, e nem a torcida sabe, porque não estamos acompanhando os treinamentos. Agora, que o time jogou bem, só se ele assistiu ao jogo em outro planeta. O Atlético foi mais uma vez um amontoado. Não temos jogadas ensaiadas, muito menos toque de bola. A hora de seu Waldemar já passou. Se infelizmente a diretoria não enxerga, o que nos resta fazer é continuar pressionando para o quanto antes tenhamos um treinador que entenda de futebol e principalmente assuma erros. Temos um “diretor” de futebol! Será que não chegou a hora de trabalhar um pouco? Quem sabe sendo um pouco mais rígido com a noitadas de alguns jogadores! Se isso for muito difícil, poderia encaminhar sua demissão também. Vamos esperar muito para acontecer mudanças? A corda já está no pescoço há muito tempo. Só não enxerga que não quer!
Um Ultra abraço!

Mais perto da ZR do que da SA
O Coritiba perdeu para o Vitória, caiu na tabela e fica numa perigosa situação, pois terá que vencer o Botafogo — que está uma posição atrás, mas tem um jogo a menos — para depois encarar o Galo, em Minas, time que finaliza a 14ª rodada na liderança do Brasilerião. O rendimento é preocupante. O time paranaense está mais perto da Zona do Rebaixamento do que da Sul-Americana.
O Coritiba enfrentou times que vem mal na tabela e que estão numa colocação pior do que a dele: Náutico (vitória de 1 a 0, fora), Sport (1 a 1 em casa), A. Paranaense (0 a 0 na Baixada). Dos quatro últimos colocados, falta apenas o Fluminense. Dos quatro melhores colocados, o Cori ainda terá pela frente o Galo e o Palmeiras. Parada complicada.
O time mostra que o elenco está longe de ser o ideal no ano do centenário. Se no início da competição os maus resultados eram fruto da tabela apertada, já que o Coxa disputava a Copa do Brasil, agora já se passaram mais de um terço do Brasileirão e o Coritiba não se firmou na competição. Para mim, o time está dependendo muito da sua torcida. Falta bola.
Coritiba, a Torcida que nunca abandona!


O que se vê e o que não se vê
É de fácil constatação que o futebol do Paraná melhora rodada a rodada, bem como o fato do sistema 3-5-2 ser o mais adequado para seu elenco.
Três vitórias em seqüência deram esperança ao torcedor. Mesmo assim, alguns detalhes poderiam melhorar. Espaços seguem concedidos ao adversário, muito pela falta de um primeiro volante de ofício. Não pode ser o responsável pelas bolas paradas alguém que as desperdiça. E o “banco” não transmite confiança.
Sobre este último tema, na próxima partida poderemos ter clara prova dessa política de “intervencionismo” nada benéfica: com Davi fora pelo terceiro amarelo, a lógica diria que Élvis assumiria a camisa 10. Apesar disso, já se comenta que, por sugestão de empresários, o lugar poderia ficar a cargo de Raí (recém apresentado) ou mesmo por um dos atacantes desse mesmo grupo.
O Paraná não pode ser refém de “invencionismos” injustificáveis. Qual o critério para a insistência com Malaquias (claramente limitado técnica e taticamente) na equipe? Como justificar o afastamento de Araújo, Péterson e Goiano do elenco principal ou as recorrentes e inexplicáveis alterações de Sérgio Soares?
As “pazes com a vitória” não podem mascarar o comprometimento com o sucesso da temporada que está ligado à seriedade com que Soares escale o time e escolha as melhores opções (independentemente de questões financeiras ou orientações) para o decorrer da partida.
Teu destino é vitória!