Pouco visto nos estádios, o mascote Fuleco acabou “preso” nesta sexta (4) do lado de fora do Maracanã. O argentino Gustavo Claret, de Buenos Aires, arrumou uma fantasia do tatu-bola da Copa para faturar alguns trocados do lado de fora do estádio. Ao lado de um “sócio”, cobrava R$ 2 por foto com torcedores. Durou pouco. Fiscais da Secretaria Especial de Ordem Pública, do município, cercaram “Fuleco” e apreenderam sua fantasia. Exploração econômica de símbolos da Copa por pessoas não autorizadas é proibida.
Enquanto seu parceiro nos negócios tentava esconder o chapéu de palha com o qual recolhia o pagamento dos torcedores, Claret dizia para os fiscais que não estava fazendo nada errado. “Tira a máscara agora”, determinou um fiscal. Claret, ensopado de suor debaixo da fantasia, obedeceu. “Só estou alegrando os torcedores”, justificou “Fuleco”, já sem a máscara. “É uma infração administrativa. Ele não está sendo detido, mas a fantasia será apreendida”, explicou o fiscal Eduardo Furtado. Foi a segunda apreensão de Claret.
“Já pegamos esse cara outro dia. Ele vai no depósito, libera a fantasia e volta. Não aprende”, afirmou Furtado. Enquanto Claret era levado até o local onde eram recolhidos os produtos apreendidos, seu sócio -que não quis se identificar- se aproximou da repórter e pediu. “Diz para eles que nós não estávamos cobrando”. “Mas vocês estavam cobrando R$ 2 por foto, você me disse”. “Eu sei, mas diz que não estávamos, por favor”, pediu. De acordo com o fiscal Furtado, 80% das apreensões feitas desde o início da Copa são de mercadorias em poder de ambulantes estrangeiros. “Os brasileiros sabiam que a fiscalização ia ser forte e entraram de férias para ver os jogos”, declarou o fiscal. Claret entregou a fantasia, que foi colocada em um saco, depois lacrado, e se misturou à multidão que seguia para o Maracanã.