FABIO VICTOR, ENVIADO ESPECIAL, E DANIEL CARVALHO SÃO LOURENÇO DA MATA, PE – A vitória de 1 a 0 da Alemanha sobre os Estados Unidos, no começo da tarde desta quinta, na região metropolitana do Recife, classificou os dois times para a segunda fase da Copa, os alemães em primeiro (sete pontos), os americanos em segundo (quatro). Os EUA foram beneficiados pela vitória de 2 a 1 de Portugal sobre Gana em Brasília. Americanos e portugueses terminaram empatados em número de pontos, mas os primeiros tiveram melhor saldo de gols. O jogo em Pernambuco terminou primeiro. Enquanto os atletas de dois ainda estavam no gramado, foi encerrada a partida em Brasília, levando os americanos que dominavam a Arena Pernambuco explodir em festa. A Alemanha enfrentará o segundo do Grupo H (Argélia, Rússia ou Coreia do Sul), e os EUA enfrentam o primeiro do grupo (provavelmente Bélgica). O gol da partida foi marcado por Müller, que chegou a quatro e empatou com Neymar e Messi na ponta da artilharia. A intensidade com que os dois times atuaram desencoraja a tese de que poderiam jogar para empatar, suscitada pelas circunstâncias [nessa palavra pôr LINK da apresentação] da partida: o empate classificava as duas seleções, cujos técnicos são amigos de longa data. Refletindo a onda de empolgação que tomou os EUA nesta Copa, nas arquibancadas da Arena Pernambuco a torcida americana era mais numerosa e mais barulhenta que a alemã, apoiando o time durante toda a partida – gritavam ao menor esboço de ataque de sua seleção. Apesar dos transtornos na cidade e nas cercanias do estádio pela forte chuva que atingiu o Recife desde a madrugada e continuava no início do jogo, a ótima drenagem da Arena Pernambuco permitiu que a bola rolasse sem problemas. Atuando pela primeira vez na Copa com seu segundo uniforme, rubro-negro, a Alemanha imprimiu um ritmo veloz ao começo do jogo. Dominava a posse de bola e atacava pelas duas pontas, com jogadas bem trabalhadas e cruzamentos perigosos para a área, mas finalizava sem precisão. Os EUA mostravam força física e dureza na marcação, mas atacavam pouco. A primeira chance americana só veio aos 22min, quando Zusi chutou com força de fora da área e a bola passou perto do travessão. Kross, o melhor chutador à distância da Alemanha, devolveu com um bom arremate aos 30min, defendido por Howard. Aos 35min, o goleiro americano voltou a trabalhar bem, defendendo chute venenoso de Özil. A partir da metade final do primeiro tempo, os americanos se postaram de vez na defesa e passaram a a atuar nos contra-ataques. Jogadores dos dois times desceram para os vestiários se desentendendo por causa de entradas duras de parte a parte. KLOSE Para o segundo tempo, o técnico alemão, Joachim Löw, colocou Klose no lugar de Podolski, abrindo a chance para o artilheiro buscar se isolar como o recordista de gols da história das Copas. Aos 6min, o atacante da Lazio recebeu bom lançamento de Schweinsteiger, mas completou mal de cabeça. Pouco mais faria até o fim do jogo. O placar foi aberto aos 10min, quando Howard espalmou cabeçada de Mertesacker e, da entrada da área, Müller chutou colocado para fazer seu quarto gol na Copa e se igualar a Neymar e Messi na liderança da artilharia. Os times pareceram sentir o cansaço, e o ritmo intenso diminuiu. Aos 28min, num lance de ataque americano, os colegas Jones e Bedoya chocaram as cabeças e ficaram por instantes no chão. Jones foi retirado do campo com o nariz sangrando, mas logo voltou ao jogo. Aos 44min, um torcedor com camisa da Alemanha, exibindo uma toalha do Bayern de Munique invadiu o campo e cumprimentou Lahm. Como ocorreu em outros casos neste Mundial, ninguém da organização entrou para retirá-lo. Aguardou-se que ele saísse, estimulado pelos atletas, e só então um segurança encarregou-se dele. Nos acréscimos, Lahm impediu o empate dos EUA ao interceptar chute de Bedoya na cara do gol. EUA Howard; Johnson, Gonzalez, Besler e Beasley; Beckerman, Jones, Bradley, Zusi (Yeolin) e Davis (Bedoya); Dempsey. T: Jurgen Klinsmann ALEMANHA Neuer; Boateng, Mertesacker, Hummels e Howedes; Schweinsteiger (Götze), Lahm, Kroos e Ozil (Schurrle); Thomas Müller e Podolski (Klose). Técnico: Joachim Löw Estádio: Arena Pernambuco, em Recife Árbitro: Ravshan Irmatov (Uzbequistão) Gol: Thomas Müller, aos 10 min do 2º tempo Cartões amarelos: Gonzalez, Beckerman (EUA) e Höwedes (A)