Uma das coisas mais bizarras que vi nos últimos tempos, em termos de futebol, foi o jogo do Paraná Clube contra o Brasiliense. O time da Vila Capanema está jogando na Série B, uma das competições mais difíceis do mundo, como se estivesse desfilando nas passarelas. É lamentável, mas não há por parte dos jogadores um mínimo de comprometimento com a causa.
A exibição do ultimo sábado demonstrou uma falta de qualidade técnica assustadora. Além disso, eram atletas sem vontade. Não houve garra e nem comando.
Quando temos um grupo em formação, é obvio que o melhor entrosamento ainda não exista. Contudo, é nesse momento que os jogadores mais experientes devem colocar a bola embaixo do braço e resolver os problemas na força de vontade, na disposição. Isso não vemos no Paraná Clube. Os jogadores formados na base são essas referências de técnica e de vontade.
Por mais que tenhamos boa vontade com o técnico Zetti, uma pessoa sensacional, ele não é o mais indicado para o Paraná nesse momento. Vale lembrar que o treinador não conta mais com o apoio do Silas, o seu anjo da guarda na primeira passagem pelo clube.

Vergonha (II)
Tudo aquilo que disse com relação ao Paraná Clube tem validade para o Coritiba. Que vergonha deve ter sentido o torcedor no jogo do Beira Rio, em Porto Alegre, no último domingo. Ainda não consegui entender se houve o famoso “salto alto”. Parecia que os atletas pensavam em vencer o time colorado quando quisessem. Futebol não é assim. Diferentemente do que ocorre em outros esportes, o mais fraco tem chances de vencer o mais forte.
O resultado foi humilhante para a torcida do Coritiba, mas foi justo. Venceu quem soube administrar as limitações, teve humildade para marcar e utilizou chuteiras para jogar futebol. Aliás, tem jogador no Coritiba pensando que joga muito mais do que joga e parece não gosta de usar chuteiras, e sim outro tipo de calçado.

Se é Baier, é Bom!
Com um gol de Paulo Baier, conseguimos ganhar do time reserva do Corinthians. O que se passa na cabeça do torcedor atleticano depois desses três pontos? Com certeza, muita preocupação com o rendimento do time.
Em três jogos, Waldemar Lemos ganhou sete pontos. Concordo, mas temos que ser realistas. Não podemos depender de bolas paradas. Não estamos criando nenhuma jogada. Pode colocar o atacante que quiser lá na frente, que ele não fará diferença. A bola, quando chega, parece ser de ferro. Saímos da lanterna e, se conseguirmos ganhar em Porto Alegre, no domingo, encostamos na galera lá da frente. Se continuar jogando assim, fica difícil. Quem sabe agora que o Dr. Malucelli declarou que dinheiro não é mais problema, venham reforços. Só lembrando que “reforços” custam caro! Ninguém é mais otimista que o torcedor atleticano. Isso fica evidente na média de público. Mas que tem que melhorar, tudo mundo sabe.
 
Rebaixamento
Será que o campeonato inteiro ficaremos revezando esta posição ridícula. E os coloridos? Depois ainda querem argumentar que o Campeonato Paranaense serve de preparatorio para o Brasileirão!
Um Ultra abraço!

A defesa em prova
Depois de uma pífia apresentação contra o time reserva do Internacional, em Porto Alegre, o Coritiba volta à cena flertando com a zona do rebaixamento no Brasileirão. Uma vergonha para a torcida de um time centenário.
A derrota no sul trouxe à tona a fragilidade do time, que agora encara uma pedreira em casa, o São Paulo, de treinador novo, agora atuando no 4-4-2 e com um ataque de respeito. Justamente num jogo onde a zaga coxa-branca terá que ser reformulada e colocada à prova.
Sem Felipe, suspenso, e com Pereira contundido, René Simões terá que repensar o formato tático do time, que também não terá Carlinhos Paraíba. Como só a vitória interessa ao Verdão, além de não tomar gols, o time terá que fazer os seus para sair da incômoda colocação.
Contra o São Paulo, a superação terá que ser palavra de ordem. As limitações técnicas são evidentes e, se não jogar com alma guerreira, o Coritiba terá muitas dificuldades no Brasileirão. Cabe ao treinador articular um esquema tático que permita ao Coritiba vencer, seja jogando bem, seja jogando mal.
Coritiba, a Torcida que nunca abandona

Aprender com bafanas e yankees
Sul-africanos e norte-americanos nunca foram referência em qualidade no futebol, mas na Copa das Confederações demonstraram que, com bom condicionamento físico, aplicação, comprometimento e uma honesta orientação tática, pode-se praticar um futebol competitivo.
Vendo o Paraná Clube, a impressão que se tem é a de que os atletas já entram cansados, que ninguém tem compromisso com nada (nem com a carreira) e ainda de que o orientador tático, a cada partida, demonstra suas limitações.
O compromisso com a realidade e com a verdade deixou de ser algo presente há tempos na Vila Capanema. Muito pela falta de humildade de quem deveria estar exigindo qualidade ou, no mínimo, raça e empenho dos seus subordinados/contratados.

No we can’t
Barack Obama não conseguiria fazer valer sua frase no Paraná Clube, muito pelo contrário. A torcida não pode mais aguentar o elenco, Zetti, a LA e principalmente seus dirigentes. Lembremos: a queda começou quando os mesmos dirigentes e empresários “comandavam” a equipe que tinha Zetti para mal “transmitir” ordens e escalação em campo.
Os paranistas não suportam mais jogadores sem dedicação em campo, mentiras nas coletivas e treinador que a cada partida deixa transparecer a falta de qualidade e a incapacidade de comando. Pior é o fato de que nenhuma mudança será completa se os responsáveis pelos sucessivos fracassos da equipe não saírem do clube — o que dá ao torcedor a certeza de seguirão sendo “bobos” de uma corte que jamais funcionou.
Têm culpa os jogadores ruins contratados, o treinador incapaz (que sem seu ex-auxiliar nada consegue), os empresários que indicam escalações ou quem permite que tudo isso ocorra?
Teu destino é vitória!