Foram longos quatro anos de fila. Uma espera que parecia eterna. Em um time grande como é o Atlético, ficar sem uma conquista por tanto tempo é sinônimo de que algo errado está ocorrendo. Assim, a conquista do titulo paranaense pode ser vista como um prêmio para a nova diretoria do clube.
É inegável que o Atlético foi o clube brasileiro que mais cresceu nos últimos 15 anos. Porem, foi aquele também que mais desafetos angariou. Por muitas vezes, fruto de algumas atitudes dos comandantes na época, foi considerado um time antipático. Era uma forma arrogante e prepotente para tratar a sociedade, os seus adversários, a imprensa e principalmente os seus torcedores.
Nos dias atuais, há uma visível mudança de clima. São pessoas preocupadas em buscar resultados de campo e não apenas números astronômicos em termos financeiros. Afinal, o Atlético não é um banco, e sim um time de futebol. Os novos comandantes estão mais preocupados com a visibilidade, o clube, o relacionamento interpessoal e a vontade dos torcedores.
Já comentei em outras oportunidades que jamais um torcedor estará preocupado em olhar um balaço financeiro com um volume elevado de dinheiro no cofre. Saber que o seu time é um fenômeno para realizar transações milionárias. Tampouco cantarão um música em homenagem à contabilidade positiva. A torcida quer vibrar com as vitorias e cantar: “É campeão!” Como fez na Arena da Baixada no ultimo domingo.
Por falar nisso, após a derrota frente ao seu arquirrival, o Atlético entrou em campo precisando apenas da vitoria para conquistar o titulo e venceu ao natural. Foi uma conquista sem contestações. Com a melhor campanha. E ainda com o maior artilheiro da competição.
Mas não há muito tempo para festa. Amanhã, o Atlético já terá outra pedreira, contra o Corinthians em São Paulo. Sem contar que no domingo haverá o início do Brasileirão. E nesse ano a torcida que algo mais. Ninguém suportará mais um ano de sofrimento com a possibilidade de uma queda para a Segunda Divisão.

Primeiro em tudo
Melhor time do campeonato. Artilheiro da competição. Melhor em média de público e arrecadação. Alguém ainda tem algo a declarar? O que a torcida dos “verdes” tem a dizer sobre toda essa supremacia? No ano em que festejam o centenário, ficou marcado para a história quem manda neste Estado.
Querem ficar falando sobre o clube que tem tradição. Gostaria que me explicassem que tradição é essa. Será o tão comentado estádio que ficou exposto em uma cartolina? Ou querem comentar sobre o titulo de 1985? A cada ano, nós andamos um passo para a frente, e vocês, dois para trás.
Como a torcida deles pode exigir o título da Copa do Brasil se no Estadual conseguem ficar em terceiro lugar?
Reflitam sobre tudo, pois é nítida a decadência de um clube que menospreza o nosso crescimento e que não consegue enxergar a grande distância que se encontram as duas associações. Seria interessante continuarem com desculpas, argumentos e outras coisas. Mas abram os olhos. Esse ano já ficou em terceiro lugar, no ano em que seria obrigação ser campeão. Será que mais um clube esta entrando em decadência!
Gostaria de lembrar uma velha frase deles. Torcida se mede dentro do estádio!

Pode ser
No primeiro jogo contra os paulistas, nosso time jogou muito bem. A classificação elevaria ainda mais a moral do grupo. Confiamos na dedicação de todos para esse jogo. Pra frente, Furacão!
Um Ultra abraço!

Agora a torcida quer a Copa do Brasil!
Aumentou muito a responsabilidade! A emenda saiu pior que o soneto e sobrou a responsabilidade para a diretoria, que prometeu times fortes o suficiente para lutar por títulos em todas as competições que o Coxa disputasse durante o ano do seu Centenário. No Paranaense, ficou longe disso. Agora, a torcida quer a Copa do Brasil. Sem meias palavras: é isto!
Os erros de planejamento não vêm de agora. Começaram em 2008. Aquele título regional, às custas de lances individuais de Carlinhos Paraíba, Marlos, Keirrison e Henrique Dias foram uma cortina de fumaça, que continuou no Brasileirão, graças ao desempenho de Keirrison, Bastos e depois Vanderlei. Manter Dorival depois que ele se demitiu do cargo, trazer Jamelli, depois o Ivo, manter Jamelli e depois o Ivo… Uma hora a bomba iria estourar. Estourou na reta final do Paranaense 2009.
A falta de um bom futebol foi evidente e o time ficou em terceiro no regional. Pouco para o Centenário. Agora, a galera cantou em alto e bom som que quer a Copa do Brasil. Para isso, o time precisará jogar muito mais do que jogou até aqui.
Coritiba, a Torcida que nunca abandona


Números no Estadual e na Copa
O Paraná, ainda na primeira fase do Estadual, enquanto dirigido por Paulo Comelli, disputou dez partidas (3V, 2E, 5D); marcou 14 gols e sofreu 16 (saldo de -2). Por ter conquistado apenas 11 pontos em 30 possíveis, demonstrou aproveitamento de 36,66%.
A má campanha no estadual (com o perigo de rebaixamento) levou à troca de comando. Com Velloso, o time, ainda na primeira fase, disputou quatro partidas (3V, 1D), marcou oito gols e sofreu quatro. Um ótimo início de trabalho do novo treinador — há tempos um comandante paranista não conseguia aproveitamento de pontos de 75% (nove em doze pontos) e saldo positivo (quatro gols). O ponto negativo é que, sob o comando de Velloso, o time sofreu gols em todas as partidas da primeira fase.
Veio a segunda fase e a campanha desandou. Em sete partidas, o Tricolor de Velloso conseguiu apenas duas vitórias e dois empates, além de três derrotas. Marcou nove vezes e sofreu treze gols. Mais uma vez via-se o saldo negativo (de quatro) e o parco aproveitamento (38,09% dos pontos).
Lembremos que o time foi eliminado na Copa do Brasil em casa, onde teve uma vitória e empate, com duas derrotas; marcou cinco gols e sofreu seis. Outra vez o saldo negativo (de um gol) e o baixo aproveitamento (33,33%, quatro em doze pontos), marcaram a campanha.
Na temporada foram 25 jogos, 9 vitórias, cinco empates e 11 derrotas; 36 marcados e 39 sofridos; um aproveitamento de 42,66%.
Está provado que time sofre muitos gols demonstra total ineficácia do sistema defensivo, falta de orientação tática e qualidade do elenco e experiência de quem ministra os treinamentos.
Teu destino é vitória!