A Polícia Federal (PF) em Maringá está investigando 15 empresas de vigilância privada que agem de forma clandestina no município e região. Estas empresas—não têm registro e os funcionários, na maioria, não são treinados em Escolas de Segurança, uma das exigências para o cadastro na PF.
A informação é do agente Francisco Eduardo Peres Holanda, da Comissão de Vistoria da PF, em Maringá. Ele diz que aproximadamente 10 empresas são regulamentadas na cidade e que a polícia investiga denúncias de firmas clandestinas. Segundo Holanda, a PF regulamenta as atividades de vigilância patrimonial. Ficam fora da alçada da instituição os casos de monitoramentos de alarmes residenciais e empresariais, além de trabalhos de vigilância feitos por motociclistas em bairros da cidade.
Uma das dificuldades em relação ao trabalho de vigilância, conforme Holanda, encontra-se na legislação trabalhista. “Há grandes empresas que contratam o vigilante, mas registam como fiscal de área. O salário é menor e a atividade fica excluída das atribuições de fiscalização da PF, embora o funcionário exerça a atividade de segurança. Holanda destaca que, para autuar as empresas clandestinas, a polícia trabalha com denúncias. Quando temos uma denúncia e verificamos a irregularidade, tratamos de encerrar as atividades da empresa”, explica.
Os riscos de contratar uma empresa de segurança privada não regulamentada são muitos. Holanda destaca a falta de capacitação profissional dos funcionários.
“São pessoas não capacitadas para atuar em atividades complexas como a segurança patrimonial”, acrescenta. Para quem quer contratar esses serviços, ele aconselha que antes verifique se a empresa é regulamentada pela PF. A informação pode ser obtida na sede da PF ou pela internet. A regulamentação exige alguns procedimentos padrões: funcionários sem antecedentes criminais, curso de formação de vigilantes com reciclagem a cada 2 anos. Também é verificado tamo espaço físico da empresa, o aspecto operacional, a administração entre outras normas.
As informações são do Diário de Maringá.