Foram 14 partidas de invencibilidade na Baixada. Não que o time tenha apresentado o fino da bola nesse período. Pelo contrário, excetuando o jogo contra o Flamengo, no ano passado, naquela luta para evitar o rebaixamento, o Atlético foi sempre um time singelo. A conquista da primeira posição, na primeira fase do Campeonato Estadual, deu-se muito mais pela fragilidade dos adversários do que propriamente pela sua qualidade técnica.
Na largada da segunda fase, quando todos esperam uma apresentação de gala, quem brilhou foi o time do J.Malucelli. O Atlético foi dominado durante todo o tempo. Só não foi goleado pela ineficiência de alguns jogadores do adversário na hora de fazer o gol.
O Jotinha jogou melhor técnica e taticamente. Chamou atenção a determinação dos seus jogadores e principalmente a qualidade técnica de alguns atletas, como é o caso de Ronaldo, Cícero e principalmente Jucelei — que, além de jogar muito futebol, foi autor de um golaço.
No encerramento da primeira fase, os mais afoitos se apressaram em entregar o titulo estadual ao Atlético. Obviamente, esse favoritismo se deu por conta do denominado “supermando”. Porém, esse tipo de providência possui duas consequências: aumenta a responsabilidade da conquista pelo Atlético pelo fato de jogar em casa todas as partidas e faz com que todos sejam franco-atiradores na Baixada.
Ainda é muito cedo para definições sobre o futuro do campeonato. O clube da Baixada tem tudo para ser campeão, basta confirmar o seu serviço e vencer em casa os jogos que restam. Nesse aspecto, reside uma preocupação: a Arena deixou de ser há bastante tempo um fator de desequilíbrio. As vitórias em casa passaram a ser artigo de luxo.
A derrota poderia causar um estrago maior se não fossem os dois pontos de bonificação que colocam o Atlético na quinta posição. Contudo, foi mais uma derrota em casa. E isso vale como alerta.
Contra todos
Já na primeira rodada ficou provado que teremos que jogar mais bola, correr mais, dedicar mais e ficar atento às arbitragens. O Atlético não jogou bem, é verdade, mas também o árbitro do jogo contra o time que muda de nome toda hora deixou a violência correr solta. Errar-se porque é ruim é uma desculpa. Agora, que é bom ficar atento, isso é.
Festa
Só quem esteve presente pra saber o que foi a festa de 85 anos. Independente de ter ido mais gente do que comportava o evento, ficou nítido que a torcida atleticana estava contente. Agora, falta os jogadores retribuírem isso dentro de campo.
Público
No puxadinho, 4 mil pessoas. No remendado, 12 mil. Na Baixada, 14 mil. Pode avisar a Federação que, se quiser fazer jogo do Atlético para as duas horas da manhã, não tem problema. Nossa torcida, além de ser a maior, é a que nunca abandona de verdade.
Teimosia
“A insistência de Geninho em jogar com três zagueiros sem ter alas é a mesma coisa que a torcida dos coloridos: Não existe”. Frase de Juarez Villela Filho, colunista do site furacao.com.
Um Ultra abraço!
Agora é no grito da torcida e na raça do time
O Coritiba iniciou a fase final do Campeonato Paranaense – enfim! – vencendo e mostrando um futebol que agradou à torcida, apesar da desacelerada depois dos 16 minutos, momento em que o time fez 3 a 0 sobre o Paranavaí.
Na fase final, time grande, de grande torcida, que tem camisa e história, e com jogadores mostraando raça e vontade de vencer, cresce. O Coritiba que jogou contra o ACP é bem diferente daquele que fez feio contra P. Clube, Engenheiro Beltão e Londrina.
Ivo definiu o time titular. E, contra o Paranavaí, o time mostrou evolução. Que seja assim, crescendo na hora certa, e chegando ao título. Ser bicampeão regional é obrigação, é uma exigência da torcida. Crescendo agora, e com o apoio da torcida – que precisa ir em maior número aos jogos do Coxa! -, o Alviverde mostra que entrou na busca do título, no grito e na raça!
Coritiba, a torcida que nunca abandona!
A afirmação virá nos confrontos diretos
Descrente. Assim estava a maioria dos paranistas com a equipe desta temporada. Não era para menos. O time, mesmo com a manutenção do treinador e com todos os reforços escolhidos por ele, não conseguia fazer os pontos necessários para convencer o torcedor. Pior, ficava rondando a zona de rebaixamento no estadual.
Após a saída de Paulo Comelli a aposta recaiu sobre Velloso, em seu tempo um atleta ímpar, reconhecido pelo trabalho, dedicação e empenho. Com poucas partidas, o novo treinador afastou algumas figuras não muito queridas dos torcedores e deu cara nova ao futebol do Paraná Clube.
Com Velloso, o Paraná (mesmo sem um futebol vistoso) demonstra números respeitáveis, algo que os recentes treinadores não vinham conseguindo fazer. Com o novo treinador, o time, dos últimos 15 pontos disputados, somou 12, tendo 80% de aproveitamento — mais do que o dobro da média de outros comandantes.
Outra prova de que a maré começou a mudar foi o resultado deste domingo. Afinal, o Tricolor jamais tinha vencido o Cianorte em jogos oficiais, tendo sido sua única vitória em 2004, num amistoso e pelo placar mínimo.
A grande verdade é que, independente da vergonha da concessão do “supermando” (não menos vergonhoso que o fato de ter sido aceito por todos), o Paraná depende apenas de si para vencer o Estadual. Caso vença seus concorrentes, sagrar-se-á campeão estadual. Em 1997 foi assim, classificou-se com esforço, seus adversários tinham pontos extras e o resto, bem… é história, e nela figura o tricolor como campeão.
Teu destino é vitória!