Quando todos esperavam um novo Paraná Clube, depois de uma vitória importante contra o Coritiba, o time caiu frente ao Rio Branco de Paranagua. É bem verdade que jogou muito mais do que o adversário, mas no futebol não basta jogar bem, é preciso vencer. Particularmente, estava apreensivo com relação ao trabalho do novo treinador, porém tive uma surpresa muito positiva. O tecnico Velloso trabalhou muito bem. Só faltou, mais uma vez, qualidade para marcar os gols.
Por tudo que apresentou o time da Vila até agora, a classificação para a próxima fase deixou de ser o principal objetivo. A partir de agora, a primeira meta é fugir do rebaixamento. A segunda será montar o segundo time no mesmo ano para disputar a Série B. É preciso dar destino à herença deixada por Paulo Comelli. Tudo que vier a partir daí passará a ser um lucro astronômico.
Sofrimento (II)
Quando o time ganha um título, ou a fase é positiva, ou vem de resultados expressivos contra grandes clubes, falta espaço nos vestiarios, na sala de imprensa, para abrigar os cartolas. Aquilo que fez a diretoria do Coritiba, após o jogo contra o Cianorte, foi uma covardia. Deixaram o treinador sozinho na hora de enfrentar a torcida, com toda a sua impaciência.
O treinador tem culpa, sim. Mas jamais poderia ser o técnico a dar explicações sobre o afastamento deste ou daquele jogador. Essa função é da diretoria. Em termos técnicos, Wortmann vem fazendo a sua parte. Com o time que tem — extremamente limitado, diga-se —, está classificado na segunda posição.
Quem deveria ser cobrado nesse momento são os responsaveis pelas contratações. Nessa hora, eles se escondem. Aliás, não consegui ainda ver o que de bom trouxe o trabalho do gerente de futebol Paulo Jamelli. Com aquilo que é investido nesse profissional, o clube poderia trazer e pagar um atacante para fazer os gols que o Hugo e o Ariel disperdiçam, dois laterais mais produtivos que Marcio Gabriel e Vicente e um zagueiro melhor que Pereira. Menos mal: o presidente do clube veio a público e deu apoio ao treinador.
Para refletir: em tempos de crise é bom economizar, ou melhor saber investir.
Classificado
A rodada do final de semana deixou praticamente assegurado o primeiro lugar para o Clube Atlético Paranaense. Com a falta de competência dos adversários, jogaremos a segunda fase em casa, pois a federação não pode mudar a tabela e as regras. Para mudar, é necessário um acordo entre os interessados, e na semana passada ficou provado que as demais associações não estão interessadas nisso. Sendo assim, segue o baile. Só vamos deixar claro que somos, sim, favoritos para o título, mas que para o Campeonato Brasileiro contrações se farão necessárias.
Não podemos ser “eles”
Concordo com criticas, desde que nelas haja razão. Muitas pessoas estão usando o momento para tentar denegrir a imagem da atual diretoria. Cobrança tem que ser feita, e isso eu posso dizer, porque sempre fui a favor da torcida e o primeiro a cobrar, tanto indo ao clube, marcando reuniões, indo aos vestiários falar cara a cara com jogadores (pessoalmente), indo em viagens. Só não se esqueçam que somos torcedores atleticanos. Cobrança, sim, mas desde que haja razão. Hoje, no futebol, alguns dirigentes trabalham em clubes rivais. Há pouco tempo Domingos Mouro defendia nosso clube nos tribunais e era conselheiro do nosso maior rival. Já imaginou aquelas pessoas que gostavam do Moura torcendo para o Atlético? Nós não podemos ser “eles”!
Sem palavras
O time dos coloridos chegou ao limite. Formiga, não gostaria de estar no seu lugar!
Um Ultra abraço!
Gabriel Barbosa
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Os sinais
No empate em 1 a 1 em casa, contra o Cianorte, o Coritiba mostrou falta de qualidade para ganhar a partida. Faltou colocar a bola no chão, jogar coletivamente e contar com jogadores capazes de resolver individualmente nos momentos mais complicados. São sinais de que o time precisa melhorar, e muito, para ir longe nas competições nacionais no ano do seu centenário.
Se no campeonato regional — contra times com limitações estruturaias gritantes, mas bem postados taticamente, jogando simples e com muita vontade de mostrar seu futebol num centro maior — o time montado pela diretoria coritibana mostra sinais de dificuldades, nos torneios nacionais a situação se agravará.
Não será só a entrada de Marcelinho Paraíba a mudança capaz de tornar o Alviverde de Ivo Wortmann um time competitivo. É preciso muito mais. Os sinais estão aí para quem sabe decifrá-los.
Coritiba, a torcida que nunca abandona.
Luiz Carlos Betenheuser Júnior
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Limitado Clube
Após uma brava vitória diante do Coritiba, o Paraná voltou a demonstrar todas suas limitações diante do Rio Branco na mesma Vila Capanema, tendo sido derrotado pelo placar mínimo.
Como poderá o torcedor esperar resultados de um elenco sofrível? Como esperar que Ageu e Velloso encontrem soluções táticas se, na falta de Fabinho, ambos preferem colocar Edu Silva (que, pelas últimas apresentações não deve estar pensando em seguir carreira no futebol) no setor esquerdo? Não seria a oportunidade para tentar um falso sistema de três atrás com Luís Henrique na lateral esquerda, onde já atuou?
Ageu e Velloso, apesar do empenho, também têm sua parcela de culpa, principalmente por não buscarem soluções que fujam um pouco do “ABC” de quem pretende se aventurar como treinador. Após o gol parnanguara, e com a constatação de que Edu Silva nada faria, não teria sido mais interessante desmontar o sistema com três atrás e sair em busca da vitória?
Como pode pretender prosperar uma equipe atuando com apenas um à frente, que dizem ser atacante? Se Peterson atua melhor abrindo o jogo, por que coloca-lo à frente? Para perder gols? Existe análise/acompanhamento dos fundamentos dos contratados?
Acabou a validade da vitória no clássico e a realidade paranista é cruel, refletindo a total incapacidade dos seus dirigentes em montar uma equipe competitiva.
Quantas derrotas serão necessárias para compreender que o Paraná não tem um elenco sequer capaz de competir no Estadual e que isso reflete a falta da qualidade dos seus dirigentes?
A atual fase só não é mais irritante do que a empáfia e morosidade de quem o comanda.
Teu destino é vitória
David Formiga
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