O Atlético foi o único grande a conquistar uma vitória pela 11ª rodada do Paranaense. Paraná Clube e Coritiba tropeçaram e decepcionaram seus torcedores. A diferença nos resultados traz à luz, porém, semelhanças. Uma delas é o fato de as três equipes estarem prontas para serem rebaixadas de suas respectivas divisões. Falta qualidade técnica nos times titulares — sem contar que há uma enorme deficiência na necessidade de reposição.
No Atlético, por exemplo, mesmo vencendo o singelo time do Londrina, a ausência do atacante Rafael Moura, com todas as suas limitações técnicas, causou um desconforto para o treinador Geninho. Lima e Julio César fizeram os seus gols, saíram aplaudidos, mas não jogaram nada. Mais uma vez, os destaques ficaram por conta dos zagueiros Antonio Carlos, Chico e Rhodolfo e do Volante Valencia.
Para quem possui a torcida que o Atlético tem, que aspira um retorno à Taça Libertadores da América no próximo ano, depender dos zagueiros e de volantes para vencer um time limitado pode ser considerado um fracasso.
Por falar em fracasso, o que dizer desse inicio de temporada do Paraná Clube? Disse, na semana passada, que a medida tomada pela diretoria tricolor em manter o treinador Paulo Comelli foi acertada. Mas ele deveria ser demitido após o vexame contra o Mixto (MT).
A partir de agora, as dificuldades serão enormes. Tem-se que encontrar um nome barato e com respaldo da torcida. Pois, se a diretoria errar mais uma vez, a segunda divisão no paranaense e a série C do Brasileirão estarão muito próximas da Vila Capanema.
No Coritiba, os erros também são visíveis. Porém, ao contrário do Paraná, o culpado não é o treinador, e sim a falta de material humano. Como tem sido difícil para o treinador Ivo Wortmann fazer esse time jogar. Basta sair uma peça do grupo para desmontar todo um planejamento. Isso é falta de elenco. A chegada do atacante Marcelinho Paraíba não vai resolver todos os problemas.
Para a seqüência das competições, o clube precisa de um lateral que saiba jogar como ala, mais um zagueiro, um volante para substituir Rodrigo Mancha e um jogador que faça gol. Ou seja, o Coritiba precisa daquele centroavante que chegue, coloque a camisa e não deixe o time na dependência dos lampejos do Hugo e da velocidade do Marcos Aurélio.
Melhorando
A cada rodada, o time fica mais compacto no jogo. Como já tinha salientado na coluna passada, Renan e Valência estão jogando muito bem. Com isso, mesmo que Marcinho seja muito marcado pelos adversários, eles abram espaços para os outros do meio-campo. Já abrimos sete pontos de vantagem. Com sete jogos em casa na segunda fase, estamos caminhando rumo ao titulo.
Aniversário
Neste mês, o Clube Atlético Paranaense completará 85 anos. Uma grande festa será realizada em Santa Felicidade. Como a torcida pode perceber, muita coisa esta mudando. Agora falta perceber que estes são os primeiros passos. Mais novidades estarão para acontecer. O que a torcida tem que estar ciente é que apoio e união serão fundamentais para este momento na vida do clube. Acho interessantes discussões em torno do clube. Agora, querer ressuscitar pessoas que há muito tempo não aparecem pelos lados da Baixada é chamar o torcedor de ignorante.
Caixa
Muito tem-se falado na parte financeira do clube. Deixo uma pergunta no ar para a torcida atleticana: depois de anunciarem as cidades-sed para a Copa do Mundo de 2014, quanto será o valor que o Atlético cobrará para expor um patrocinador? E o contrato? Quanto tempo? Pode ter certeza, família atleticana, a diretoria esta no caminho.
Bomba
Estaria mesmo vindo para o Atlético um jogador que se encontra treinando em separado no time das paquitas?
Um Ultra-abraço!
Gabriel Barbosa
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Simples: dois jogos, duas vitórias
O Coritiba foi muito mal contra o J. Malucelli. O time não criou e não marcou. Apenas Cleiton e Carlinhos Paraíba jogando bem. A derrota por 1 a 0 mostrou vulnerabilidade contra um time que sabe marcar e sabe jogar em velocidade, com troca de passes. E o adversário não tinha um atacante finalizador… Poderia ser pior.
O Coxa ainda precisa de reforços. Não temos um zagueiro de velocidade, não temos nenhum ala/lateral que seja titular absoluto, aquele que é cantado em verso e prosa pela torcida. Ainda temos necessidades de opções de qualidade no meio campo. No ataque, Marcos Aurélio não jogou e Hugo e Ariel foram muito mal.
Agora, dois jogos em Curitiba. Duas vitórias é o que a torcida espera. A pressão pela busca de resultados num time grande é assim, constante.
Coritiba, a torcida que nunca abandona!
Luiz Carlos Betenheuser Júnior
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Resignação
Catorze gols marcados, dezessete sofridos e onze pontos conquistados em trintas possíveis (36,6% de aproveitamento de pontos) refletem a trajetória de Paulo Comelli nas dez partidas do ano. São números próximos à media da sua carreira como treinador.
É surpreendente que, como Comelli, outros treinadores tiveram rendimento parecidos, caso de Gilson Kleina, Lori Sandri, Saulo, Paulo Bonamigo e Rogério Perrô. O torcedor mais atento poderá questionar se o problema está efetivamente na falta de qualidade do comando da equipe ou se esses números apenas refletem uma possível (talvez recorrente) incapacidade diretiva.
Desde o “penta”, apenas em 2006 o tricolor sagrou-se campeão e, após aquela sequência, os números demonstram claramente que a falta de competitividade tornou-se crônica. O que mudou daquele tempo para hoje e o que ainda não mudou?
Já virou rotina o “vai-e-vem” de treinadores e atletas. Mas as mudanças ocorrem em todos os setores ou onde deveria ocorrer?
Se por um lado a coleção de insucessos e frustração dos torcedores aumenta, por outro os “remanescentes” assistem, além do mau futebol da equipe, sua casa cada vez mais vazia. A razão para os problemas do Paraná nos últimos anos é tão clara que muitos preferem ignorá-la a olhar a mesma de frente. Não adianta apenas trocar as moscas.
A ampla gama de sentimentos do paranista pode ser encontrada na definição da palavra resignação: 1 – conformidade; 2 – desistência ou cedência voluntária de uma coisa ou de um cargo a favor de outrem; 3 – renúncia; 4 – coragem (na adversidade); 5- abdicação. Escolha.
Teu destino é vitória!
David Formiga
[email protected]