Foi suado. A vitória contra o Internacional foi conquistada na raça, na
vontade e principalmente no grito da torcida, que não parou um só
minuto. O time do Paraná já jogara muito bem contra o Flamengo, pecou
nas finalizações e perdeu. Contra o Pameiras, teve uma apresentação
aceitável, perdeu varias chances de gol e o jogo — foi injusto o
resultado e ainda houve erros de arbitragem. A partida do ultimo
domingo deixou um alento para o torcedor tricolor. Um empate contra o
Galo não deve ser desprezado; agora, a vitória contra o Goiás será
fundamental.
Tudo certo
Até o treinador René Simões mudou de atitude. Anteriormente, jogar fora
do Couto era sinônimo de sofrimento e, por conseqüência, derrotas. Ele
ousou contra o Barueri, deixou de ser pragmático, surpreendeu a todos e
o resultado foi uma bela vitória. Se quando o técnico erra é criticado,
nesse momento, nada mais justo do que elogiá-lo. Ele tem uma parcela
fundamental nas conquistas, principalmente no lado psicológico dos
atletas.
No rumo certo
A chegada de Ney Franco assentou a poeira, tirou todo o estresse do
Furacão. Aquela turbulência que viveu o Atlético até a metade do ano
não existe mais. Aparadas as arestas que existiam entre diretoria,
torcida e alguns jogadores, restou aos atletas jogar futebol. Quando
todos passaram a comungar do mesmo pensamento, a atitude em campo muda.
E mudou. O jogo contra o Cruzeiro foi um exemplo disso. O Atlético
poderia até ter vencido, mas o empate ficou de bom tamanho. Amanhã, o
clima deve ser tenso na Baixada, porém dentro do campo os jogadores têm
de pensar em jogar futebol. Bola por bola, o Atlético vence o jogo.
Edílson de Souza – [email protected]
Coragem
O time atleticano se comportou muito bem jogando no Mineirão. Se não
teve sorte na primeira etapa, não faltou coragem para o treinador Ney
Franco, que tirou Danilo e Clayton para colocar Alex Mineiro e Alan
Bahia. Mostrou audácia e foi para cima do Cruzeiro, até chegar ao
empate.Talvez não foi o resultado justo, mas ficou provado que, da nova
geração de treinadores no Brasil, o atleticano é sem dúvida nenhuma um
grande nome. O sonho da Libertadores acabou, mas, pela circunstâncias,
escapar do rebaixamento já está bom demais — e ainda conquistará uma
vaga na Sul americana.
Conclusão
Volto ao tema: projeto para o ano que vem. A primeira etapa tem que
começar com os pacotes em que o fundamental é conquistar aquele
torcedor que sempre vai aos jogos. Com um preço reduzido, pela metade
do que foi cobrado esse ano, poderia haver uma programação para
alcançar um determinado numero de sócios. A meta poderia de ser dez mil
em um período de dois meses. A partir dai, aumentaria os preços tanto
do pacote como também dos ingressos.
O primeiro campeonato a ser disputado tem que ter o objetivo de ser
campeão. Vamos parar com essa conversa que o campeonato paranaense não
é importante. E, por último, voltar com mais festa na Baixada. Temos
que pensar que, se o Atlético está livre do rebaixamento, é graças à
torcida, que chamou para si a responsabilidade. Só espero que não volte
toda aquela arrogância proibindo tudo — se isso acontecer, o ano que
vem não será diferente desse ano.
Medo
Os gremistas com medo, e sabendo que para toda ação existe uma reação,
pedem proteção para jogar na Baixada. Não se preocupem, não seremos
ignorantes e nem mesmo violentos no jogo de amanhã. Futebol se ganha
dentro do campo, com muita vontade, raça e determinação, e jogando
muita bola. Aos dirigentes gremistas que estão estressados, cheguem
umas duas horas antes e vamos tomar uma cervejinha, quem sabe mudem de
idéia até o final do jogo.
Um Ultra-abraço!
Gabriel Barbosa – [email protected]
Para a frente!
Jogando mais ofensivamente, o Coritiba mostrou ser um time mais
equilibrado em jogos fora do Couto. A vitória contra o Barueri teve
mérito também da força defensiva, com Édson Bastos em ótima fase. Mas,
com os atacantes Keirrison e Gustavo, o time deixava mostras de que os
paulistas não poderiam vacilar. O Barueri não se atirou ao ataque,
facilitando as coisas para o Coxa.
O time ainda sente a falta de Veiga no meio-campo. A cadência e a ótima
saída de bola do volante era importante para o estilo de jogo em alta
velocidade. Sem Veiga, o jogo do Cori passou a ser mais truncado, mas
mesmo assim, eficiente. Não tem tanta efetividade como tinha com Veiga
e Douglas Silva, mas mostra um bom rendimento, comprovado com os
números da tabela.
Contra a desesperada Ponte Preta — ainda sonhando com uma vaga no G-4
e, por isso, terá que ganhar do Alviverde —, o treinador René Simões
terá uma oportunidade que pode valer ouro se souber aproveitar a
vontade do time campineiro em jogar para fazer gols. O Coxa não pode
jogar atrás, tem que jogar para a frente. Se fizer isso, tem tudo para
voltar a Curitiba com mais uma vitória e a vaga à Série A garantida.
Luiz Carlos Betenheuser Júnior – [email protected]
Uma vitória!
Horário de verão, chuva em Curitiba; a Fúria cantava como sempre e o
time de Saulo atuava ofensivamente, ao contrário dos treinadores
pós-Zetti; assim, o “Tigre” buscava sua primeira vitória e o ânimo para
seguir na luta pela sobrevivência na primeira divisão. O torcedor nem
se importava com o “caso Batista” ou com a possível perda de, agora, 78
pontos no tapetão; o “camisa 12” queria seguir acreditando. E,
cantando, empurrava o tricolor.
Após um primeiro tempo truncado, o paranista que compareceu domingo à
Vila Capanema viu seu time com cara de Paraná, atuando com raça,
vontade. Na segunda etapa, o torcedor viu um seguro Gabriel, uma boa
partida da dupla de zaga, seu time atuando com três avantes, o
artilheiro voltando a deixar sua marca e uma dupla de volantes
surpreendente, com Goiano comendo grama e Jumar, agora com mais ritmo
de jogo, dando qualidade à saída de bola e chegando para finalizar.
A vitória não salvou ainda o Tricolor da degola, mas mostrou que o
Paraná não deveria estar ocupando a atual posição na tabela, tendo
futebol para superar seus “concorrentes diretos” e assim, condições de
enfrentar Galo, Goiás, Botafogo e Vasco, de forma franca, podendo até
somar os “doze pontos” de que supostamente necessitaria.
Quem foi à Vila no domingo viu o Paraná Clube da sua torcida, não o
envolto em situações obscuras. Viu um time aguerrido e disposto a
vencer, com a tradicional raça tricolor. Foi apenas uma vitória, mas
que valeu muito mais do que simples três pontos.
FORÇA TRICOLOR!
David Formiga – [email protected]