Na quinta-feira (21), o conjunto brasileiro de ginástica rítmica inicia sua jornada em busca da classificação para a final dos Jogos Olímpicos Pequim 2008, o que, pelo menos, igualaria a oitava colocação dos Jogos Atenas 2004, na Grécia. Ao todo, 12 países disputam a competição, e apenas oito se classificam. As disputas serão realizadas nos dias 21 e 22, começando com a apresentação do aparelho cinco cordas, com um pout-pourri de músicas de Daniella Mercury que já foi utilizado nos Jogos Pan-americanos Rio 2007 – em que o conjunto brasileiro foi medalha de ouro. Já no dia seguinte é a vez da apresentação com três arcos e duas maças, com o pout-pourri de Canto das 3 Raças (de Clara Nunes), Maracatu Atômico (de Chico Science) e Bateria do Salgueiro. Todos os aparelhos são obrigatórios e com coreografia livre.
Única veterana do grupo em Jogos Olímpicos, Tayanne Mantovaneli sabe de sua responsabilidade no jovem conjunto brasileiro. “Já cheguei sabendo que teria que ser mais firme e que ia ter que passar um pouco de experiência, mas o importante é que as meninas estão bem treinadas e concentradas”, afirmou Tayanne, que fez parte do grupo de Atenas. Luisa Matsuo, uma das representantes dessa nova geração da ginástica rítmica brasileira, não esconde a ansiedade da estréia e acredita na união do grupo. “Estou um pouco ansiosa e já percebi a grandiosidade deste evento, dá para ver que é diferente de todas as outras competições. O importante é que estamos unidas e passando segurança uma para outra”, afirmou.
Para Monika Queiroz, técnica do conjunto brasileiro, existem os conjuntos entre os 12 participantes que irão brigar com o Brasil pela vaga na final, como Azerbaijão, Grécia, Ucrânia e Japão, e as candidatas ao pódio: “Existem cinco conjuntos para três vagas no pódio: China, Rússia, Bielorússia, Itália e Bulgária”.
Na ginástica rítmica, a nota é dada pela soma da dificuldade (máximo de 10 pontos) com a nota artística (máximo de 10 pontos também), dividida por dois e somada com a nota de execução.