O maior fantasma do vôlei feminino do Brasil foi exorcizado na madrugada de hoje (11), com uma vitória surpreendentemente fácil sobre a Rússia por 3 a 0 (25/14, 25/14 e 25,16), em apenas 1h04.
Foi a segunda vitória do da equipe em Pequim 2008. Nos últimos Jogos, em 2004, o Brasil deixou escapar um jogo praticamente ganho contra as russas e perdeu a vaga na final olímpica.
O placar foi definido como histórico pelo técnico José Roberto Guimarães. A velocidade usada para vencer a cadência russa foi a explicação dada por ele e pelas jogadoras.
“A Itália nos ensinou os caminhos da vitória. A gente está minando os adversários na fraqueza deles”, revelou José Roberto, referindo-se à vitória das italianas contra as russas na primeira rodada do torneio olímpico, em que a velocidade foi chave para o resultado final.
Walewska e Paula Pequeno confirmaram as palavras do técnico. “A Rússia faz um jogo cadenciado, lento. A gente se preparou e nossa velocidade foi usada corretamente. Controlamos o jogo o tempo todo e defendemos muito, foi o ponto principal da vitória”, avaliou Walewska.
“O jogo não foi fácil, apesar da leitura que os números dão. Nós impomos um ritmo forte. Elas não conseguiram achar o jogo”, completou Paula.
Fofão introduziu outro fundamento à lista de fatores que levaram o time à vitória. “O Brasil manteve o equilíbrio do início ao fim, graças ao saque e à defesa. Concentradas, erramos muito pouco. Já treinamos o saque contra a Argélia visualizando as russas”, admitiu a levantadora, falando sobre o jogo de estréia do Brasil nos Jogos.
José Roberto elogiou muito a oposto Mari, paranaense de criação. “Ela teve uma atuação muito importante. Foi caçada no passe e com um bloqueio monumental, mas taticamente foi perfeita”. Ele ainda analisou o próximo adversário, a Sérvia. “São as brasileiras da Europa. Habilidosas, com uma levantadora diferenciada”, disse, referindo-se a Maja Ognjenovic.