É obvio que o futebol é um negócio e muito rentável. Os interesses que envolvem este esporte são inimagináveis. Alguns milhares de reais são desperdiçados para satisfazer as necessidades de seus gestores, de forma voluntária ou não.
Falo isto para poder explicar e entender o fato de o Coritiba buscar no mercado, uma enormidade de jogadores desqualificados tecnicamente, e se furtar de dar oportunidades aos seus talentos formados na sua base. Será que alguém obtém lucro quando as transações são realizadas, e por isso a qualidade é o que menos interessa?
Aquilo que os meninos revelados na base do Coritiba fizeram em duas partidas, de longe foi superior ao que mostraram aqueles contratados pela diretoria do clube. Ai vale ressaltar o trabalho do Edson Borges. Ainda bem que abriram os olhos e viram que os grandes times de futebol são formados com atletas pratas da casa. Mesmo assim, o time precisa de reforços, mas de qualidade.
De olho no futuro …
Vencer o clássico contra o Coritiba a essa altura do campeonato, pouco importava ao Paraná Clube. Alias, se conseguir a classificação na quarta e tudo indica que vai conseguir, o Campeonato Paranaense deverá ser colocado de lado. Neste momento, é preciso concentrar todas as suas forças na Libertadores. Desta competição resulta dinheiro, status, e principalmente visibilidade internacional. Certamente, a fase de grupos será infinitamente mais fácil e lucrativa para a equipe da Vila Capanema. Assim a competição domestica será apenas um adereço.
Começou o ano …
Para quem objetiva um titulo nacional vencer de goleada o “forte Nacional de Rolandia” não pode ser considerada uma façanha, e sim uma obrigação. Há diferença técnica entre os times e a estrutura disponibilizada também. O resultado só poderia ter sido aquele. O que impressionou, mas é aceitável por ser a primeira partida, foi a qualidade de futebol apresentada. Para os próximos compromissos a tendência é que haja um crescimento natural. O time deste ano, alias, é muito superior ao do ano passado, e não vou nem lembrar do técnico.
Vitória dos Piás do Couto
Guilherme Macuglia ouviu bem o auxiliar Édison Borges, que durante cinco anos acompanhou o trabalho dos jogadores formados no Coxa Jrs. Arrumando o time para o trabalho inicial, pois ainda faltam vários reforços, principalmente para as laterais e um segundo volante com qualidade na saída de bola, um atacante de referência e mais um meia (para compor o banco, pois quem em perfeita saúde tiraria Marlos do time?), Macuglia fez daquele amontoado das primeiras rodadas uma equipe com um mínimo padrão tático.
Contra o time das Vilas, o Coritiba triturou no primeiro tempo, deveria e poderia ter ampliado o marcador, o árbitro não deu uma penalidade máxima claríssima em Keirrison, e o Verdão deixou o campo só com 2×0 a seu favor.
No segundo tempo, o time Coxa-Branca pareceu cansar, cederam espaços na marcação defensiva e o adversário empatou nos únicos dois arremates ao gol. Aos 48, o time foi recompensado pela valentia, com o gol da vitória.
Henrique, Rodrigo Mancha, Anderson Gomes, Marlos, Pedro Ken e Keirrison estão fazendo a diferença. Novamente os piás formados no Couto. O Coxa precisa cuidar bem das suas categorias de base. Sempre que precisa, é lá que encontra os bons jogadores.
Coxa eu te amo!
Amor e raça!
Quando um jogador de futebol tem essas duas qualidades, ele vira ídolo. Foi isso que aconteceu no sábado na Baixada. Alex Mineiro e Marcão foram o diferencial do time atleticano. Chamando para si a responsabilidade, Alex Mineiro com jogadas rápidas, troca de passes, resultando no terceiro gol. Marcão aos quarenta minutos do segundo tempo subiu para cabecear uma bola, no contra ataque do time do Nacional, ele chegou antes que o atacante adversário. O único problema será quando um dos dois estiver fora do time, quem fará a diferença?
Novidades!
Depois de um mês já podemos escrever sobre o sócio ouro. Para aqueles torcedores que sempre compraram pacotes, foi um excelente negocio. Principalmente para quem comprou Getulio Vargas superior. Nas partidas em casa verificou-se naquele setor uma quantidade muito boa de torcedores. Chegou a vez de o povão ter a oportunidade de contribuir. Com a venda de mais ou menos dois mil sócios, a diretoria tem de mostrar uma nova proposta. Na coletiva de segunda feira passada Dr. Mário falou para todos que à volta do povão e importante. Que tal lançarem o sócio contribuinte, que pagaria trinta reais e associando um filho, esposa, junto pagaria um acréscimo de vinte reais. Pode ter certeza que a torcida corresponderia de uma forma positiva.
Campeão!
A euforia que tomou conta da torcida do puxadinho e tão grande, que não será novidade nenhuma se na quarta feira presenciar ambulantes vendendo a faixa de campeão da pré Libertadores.
Um Ultra abraço!
Resumo da ópera
Enquanto o primeiro time paranista descansava após o desgastante regresso do Chile, a porção alvi-verde da Capital arrumou a casa e vestiu-se de gala para ver atuar o elenco “B” de um time de primeira divisão.
No clássico de uma semana histórica para os tricolores, os mandantes abriram o placar e ampliaram; Zetti foi buscar o resultado colocando o time para frente até que, após atingido o empate, ordenou o recuo sacando Pacheco. Tal atitude demonstrou o desinteresse em vencer e resultou na “devolução” do campo ao Coritiba. Influenciou diretamente o resultado. E assim, no último lance de um treino para os suplentes, o perseverante mandante marcou e deu números finais à partida. Zetti tem agora mais elementos para perceber que algumas de suas peças não funcionam e que abdicar da vitória traz conseqüências cruéis.
Uma grande festa
Nesta quarta jogam na Vila Paraná e Cobreloa. O Paranista, além de toda a alegria, deve levar elementos e adereços suficientes para fazer uma grande festa. O Paraná está a apenas noventa minutos da segunda fase da Libertadores, já com um pé no grupo de Flamengo, Real Potosi e Maracaibo, deve, para atingir seus objetivos, atuar sempre com comprometimento e seriedade.
Força Tricolor!