Edílson de Souza
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Despersonalizado
Por incrível que pareça, o Paraná Clube conseguiu mostrar nas duas
primeiras rodadas do Campeonato Brasileiro, uma fragilidade ainda maior do que
aquela apresentada no Campeonato Paranaense. O clube da Vila Capanema entrou na
competição nacional como um dos favoritos a retornar a primeira divisão, mas o
que vimos até agora foi uma tragédia. Falta de tudo um pouco: personalidade,
força na marcação, aquilo que comumente chamamos de pegada e principalmente
jogar futebol.

Na segunda divisão, diferente da primeira, os times jogam
muito mais na força do que na técnica. Desta forma, o mais importante durante os
noventa minutos é igualar na força e decidir o jogo na qualidade técnica
individual. Agora, o Paraná Clube não possui força para marcar e a técnica é
desprezada até pelo seu treinador, como pode o torcedor esperar melhores
resultados. Nesse momento, para a tristeza dos tricolores, o Paraná está muito
mais longe da possibilidade de voltar para elite e mais perto de ser rebaixado.
O futebol apresentado nas primeiras rodadas deve ser esquecido e logo mais a
noite o tricolor deve iniciar uma nova vida na competição.

De salto
alto

A vitória contra o Palmeiras foi incontestável, mas fez
muito mal para o grupo de jogadores do Coritiba. A apresentação do time em
Florianópolis não foi nem sobra daquilo que vimos no Couto Pereira. Os jogadores
entraram em campo achando que venceriam o jogo a qualquer momento e com
facilidade.

Alguns destaques da primeira rodada foram extremamente
discretos para não dizer outra coisa, que faltou vontade, por exemplo, ou que os
jogadores jogaram de “salto alto”. É obvio que a ausência de alguns titulares
foi sentida e prejudicou muito o desempenho da equipe, porém, se houvesse um
pouco mais de aplicação o resultado seria outro, afinal o Figueirense é um time
pra lá de limitado.

Sem
qualidade

Algumas coisas têm me chamado à atenção. Uma, é
fato de o Atlético cair muito de rendimento no segundo tempo, parece faltar
fôlego. Contra o juvenil do São Paulo não foi diferente. Segunda, é que no
elenco atual tem jogadores que não podem jogar no time da baixada, por simples
falta e qualidade técnica, aqui posso citar: Léo Medeiros, Pedro Oldoni, Marcelo
Ramos e etc…
Se houvesse interesse de se fazer uma lista de dispensas,
poucos jogadores do time titular ficariam no grupo principal, sobraria uns seis
atletas. Mas não existe uma preocupação de promover uma limpa, se o fizesse,
teria a obrigação de trazer jogadores de qualidade, a torcida cobraria com toda
certeza.
E para fechar o que me chama a atenção é o fato de o presidente do
conselho de administração do clube estar cercado apenas de serviçais e vassalos,
aliás, ele adora isso. Aqueles que o cercam só sabem dizer amém e aplaudi-lo em
suas decisões, em geral equivocadas. Será que não tem ninguém de peso dentro
clube pra dizer a ele que existem falhas e ele próprio faz muitas coisas
erradas, ou será que ele realmente é dono do clube e nós desconhecemos esse
fato. Quem quiser responder fique a vontade.


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Gabriel Barbosa
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Teimosia !
A cada coluna feita, o mesmo
problema de time atleticano e citado. Falta ataque! Não adianta querer colocar a
culpa em Marcelo Ramos, pois sozinho ele não conseguirá jogar. Contra o tricolor
paulista, o time começou bem a partida, pressionando. Mas se esqueceu que para
manter determinada pressão o elenco tem que ser nivelado. Infelizmente não é a
nossa realidade. Com quase quinze mil cadeiras vendidas, chegou o momento de
trazer esse atacante e um meio de campo para manter um padrão de
jogo.

Podemos almejar algo maior no campeonato, mas que para isso ocorra
e necessário investimento. As duas primeiras rodadas mostraram que jogamos
contra um time que vai ser rebaixado e o outro um time reserva. Então vamos se
mexer antes que seja tarde de mais.

União parte II
Conseguimos fazer com que diretoria e
torcida caminhem lado a lado, agora só falta a imprensa caminhar junto. Não
posso entrar no mérito das rádios em questão de valores, mas uma conversa com os
representantes mudaria este aspecto. O estado é muito forte, porém, começa a
verificar certo ciúme por parte de alguns. Um exemplo e o caso do jogador Fahel.
A semana inteira manchetes destacava que o Atlético iria perder pontos no
campeonato. Por que não se noticiou da mesma maneira a vergonha de Wagner
Tardelli contra os “coloridos”. Muitos estão se aproveitando da oportunidade,
para “cutucar” o Atlético, mas se esquecem que fazendo isso, estão contra a
torcida atleticana. Só obteremos respeito a partir do momento que a recíproca
for verdadeira. Enquanto isso não acontecer, o único prejudicado é o futebol
paranaense.

Pena!
Se a segunda divisão e difícil de agüentar, já
imaginaram a terceira?

Um Ultra-abraço!

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Luiz
Carlos Betenheuser Júnior
[email protected]

Sem exageiros
O torcedor do Coritiba entrou num clima de expectativa
otimista ao ver o time vencer – e convencer! – contra o Palmeiras. Na rodada
seguinte, mesmo com o apoio da galera Coxa que cantou o jogo todo e silenciou a
torcida do Figueirense, o Cori virou vítima dos seus próprios erros. Contra um
time que jogou com dez a partir dos 15 do segundo tempo, o treinador mexeu no
formato tático e jogou o time pra frente. O gol não saiu por falta de qualidade
de jogadores como Silvy e Leo. Na hora decisiva, sem Keirrison, o time ficou
fragilizado.

Curiosamente, Renatinho não joga mais. Deve estar com os
dias contatos no Alto da Glória. Só pode. Sem Marlos e Jeci por mais três ou
quatro rodadas, o Verdão ficará refém do apoio da torcida, da polícita de erro
zero no esquema tático e das atuações individuais de jogadores como Pedro Ken,
Michael e Carlinhos Paraíba.

Num campeonato tão difícil, Dorival já
deixou o recado de que o torcedor não deve esperar muito. Falou
superficialmente, claro, mas para o bom entendedor, pingo no i é parágrafo. Sem
euforias e exageiros – até porque se o Guaratinguetá negociar seus emprestados
ao Verdão no meio do ano, o Cori perde força -, o Coxa precisa de trabalho e de
mais reforços.

Coxa eu te amo!

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David
Formiga

[email protected]

Mais do mesmo
Há tempos venho aqui escrevendo
sobre a falta de foco existente no futebol do Paraná Clube. Sinto falta de
escrever sofre futebol mas, como fazê-lo se a cada rodada a falta de
planejamento, comprometimento e foco se fazem latentes a ponto de não ter como
evitar tecer considerações sobre o extra-campo?

O torcedor quer ler sobre
o “drible” do seu armador, sobre o golaço do seu artilheiro e não sobre a falha
do arqueiro, sobre a morosidade na contratação de um lateral esquerdo, sobre as
possibilidades das estrelas, “pratas-da-casa”, abandonarem o time, e pior,
verificar que, na tabela da segunda divisão, seu time aparece na ponta, de
baixo.
Como se falar de futebol quando esse não existe, foi afastado para que
se trate de coisas “mais importantes”.

Qual o “norte” do Paraná Clube?
Quais os critérios para a contratação? O que esperar de quem já conseguiu tirar
o time da primeira divisão nacional?

Que fique muito claro que, a exemplo
de vários torcedores, nada tenho contra ninguém mas, é impossível não
constatarmos que certos atos não vêm cumprindo seu papel e que algumas
contratações e dispensas, além de serem não compreensíveis, não demonstram ter
algum critério.

Qual o foco, qual o objetivo da atual política? O mesmo que fez com
que o tricolor disputasse as duas primeiras partidas do estadual com juniores, e
perdesse seis pontos? Onde está o “planejamento” evocado pelos responsáveis
nessa oportunidade?

Torço para que tudo, já na partida contra o Marília, volte a ser como
deveria, no entanto, mesmo que o tricolor traga três pontos do interior
paulista, seis pontos já foram perdidos e não mais poderão ser recuperados, a
exemplo dos seis pontos perdidos em 2007 contra o lanterna América de Natal,
pontos aqueles, suficientes para que o Paraná Clube seguisse no seu lugar de
direito.

FORÇA, TRICOLOR! E FÉ, TORCEDOR, SEU TIME PRECISA DE
VOCÊ!

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Edílson de
Souza
[email protected]