Por mais que os jogadores não aceitem essa versão, o lado psicológico está destruindo o time do Atlético. Eles podem até querer esconder, mas a eliminação da Copa do Brasil colocou o rubro-negro numa depressão profunda.
É obvio que, para vestir uma camisa de tanto peso, um jogador precisa estar preparado para as cobranças. Pode até ser que alguns estejam. Outros, no entanto sofrem muito e o desempenho tem sido abaixo da critica. As pernas estão pesadas, as jogadas não saem como deveriam sair e o resultado disso são cinco partidas sem uma boa qualidade técnica.
Outra coisa que chama atenção são os erros cometidos pelo treinador Ney Franco. O seu inicio foi excelente, seu trabalho no vestiário foi reconhecido por todos da crônica esportiva, mas o desempenho caiu muito nas ultimas rodadas. As substituições no decorrer das partidas têm sido equivocadas e as explicações não condizem com a realidade dos fatos.
No clássico contra o Paraná, ele não foi responsável direto pela derrota, mas contribuiu, pois não conseguiu igualar, em termos táticos, o trabalho do técnico Paulo Bonamigo. Reconheço, no entanto, que é muito difícil dirigir o Atlético nesse momento. O treinador escala um time e, quando de uma necessidade de alteração, olha para o banco e não vê ninguém com qualidade para reverter um quadro negativo.
Se alguém me perguntar da possibilidade de o Atlético ainda se classificar para as semifinais, eu respondo que há, sim. Basta superar os próprios erros e focar um pouco mais na competição. Afinal, foi o que restou. É a única chance que o clube tem de conquistar um titulo no primeiro semestre.

Jogo
No Atlético, a realidade é uma só: jogadores “pipoqueiros” encontram-se desmotivados; agora, por qual motivo, ninguém sabe. Recebem os salários em dia, treinam em um CT que não deixa faltar nada, o bicho sempre está em dia… o que falta? Não seria vergonha na cara de assumir que o elenco é fraco, só coragem para dizer isso a público. No Brasileirão do ano passado, lutamos para não cair. Nsse ano, da maneira como anda a carruagem, é difícil acreditar que tudo será diferente.

Cada um na sua
Quando chegou ao clube, ninguém acreditava que o treinador Ney Franco se encaixaria no perfil que a torcida desejava. Com o passar das rodadas, mostrou sua competência e o time engrenou. Fez um belo trabalho no Paranaense e, se hoje o time se encontra nesta situação, não é por culpa do treinador.
Agora, vamos deixar as coisas bem claras. Você é o treinador da equipe, não torcedor atleticano como nós. Quando insinuou que não será com cobranças das torcida que tudo mudará, tentou menosprezar o torcedor. Não sei quanto tempo ficará no cargo, mas, como profissional, treinará outros clubes e esquecerá o Atlético. Já nós, torcedores, ficamos.
Então até mesmo por respeito ao trabalho desenvolvido até aqui, vamos fazer assim: faça sua parte, que a torcida sabe muito bem fazer a dela.

Responda se quiser
Primeiro, Jonatas foi para o time do puxadinho, agora pode pintar João Leonardo. No Atlético, pode aparecer o tal de Zulu. Será que existe algo que a torcida não sabe?
Um Ultra-abraço!

Gabriel Barbosa – [email protected]

O time é lutador
O Coritiba tem nítidas limitações técnicas. Uma zaga sem velocidade, que obriga os volantes a correrem mais. Dois laterais úteis, mas sem dinâmica ofensiva capaz de sobrecarregar as defesas adversárias. A falta de um centroavante forte para bater de frente com um adversário que joga com três zagueiros. Para o campeonato regional, o elenco é competitivo. Para o Brasileirão, não.
No regional, o Cori tem apresentado dificuldades contra times com posicionamento tático bem ajustado e que marcam Pedro Ken e Marlos. Nestes jogos, o Coxa tem que usar a força de vontade para conseguir resultados favoráveis. Contra o Galo, em Maringá, e contra o Jotinha, no Alto da Glória, o Verdão teve muito trabalho. E deve continuar tendo nesta segunda fase, devido a limitação técnica do elenco.
Se falta bola, não tem faltado raça. Foi assim contra o Galo e contra o Jotinha. Esta postura é fundamental para avançar no Paranaense 2008. E a torcida, percebendo que os jogadores têm lutado, apóia o time. Um bom sinal, pois a sintonia Time/Torcida faz do Coritiba um time difícil de ser batido em casa.
Ao amigo Gabriel Barbosa, do pior time da segunda fase, com zero ponto em dois jogos, deixo uma dúvida: por que é que tem tanto coritibano dando palpite sobre o time da Baixada?
Coxa, eu te amo!

Luiz Carlos Betenheuser Júnior – [email protected]

Mentira tem  perna curta
O Atlético, outrora “Furacão”, fulminou o recorde de 1949. Após tal proeza, obtida num campeonato fraco, em que se classificou como líder na primeira fase, houve a constatação de uma máxima que todos conhecem: mentira tem perna curta.
Eis que um tricolor, o Corinthians de Alagoas, começou a desvendar a farsa, eliminando-o no meio estádio; depois, veio a derrota (com o requinte de crueldade que só um gol de bicicleta pode dar) para o Beltrão e, finalmente, a quebra de uma longa invencibilidade na Baixada para o Paraná Clube, mesmo com o auxílio da arbitragem.
O Paraná Clube foi superior ao oponente. Nem parecia o time que começou mal o Estadual e saiu das últimas posições. Bonamigo, atuando de forma “segura”, deu ao tricolor, enfim, um padrão de jogo.
Heves demonstra ser capaz de atuar de forma segura; Luís Henrique, Nem e Daniel Marques, parecem estar de bem com a vida; Jumar se confirma como a solidez na meia cancha; Christian cada vez convence mais na armação e os Garotos da Vila, que sempre foram a grande força tricolor, demonstram grande responsabilidade e evolução.
Que não se cometa o mesmo erro dos co-irmãos. O time não está pronto e o Tricolor ainda está carente em alguns setores, não somente nas laterais. E ainda se ressente da falta de apoio do seu torcedor, ausente da Vila Capanema.
O maior reforço que o time tricolor precisa para seguir na Copa do Brasil diante de outro rubro-negro, o Vitória, é o da torcida. É o reforço do “camisa 12” que, com paciência e entendendo o momento do clube, deve empurrar o tricolor para cima, visando retornar ao seu lugar.
Força Tricolor

David Formiga – [email protected]