O ano esportivo para todos os paranaenses está encerrado. Ficam os questionamentos com relação aos resultados obtidos pelos nossos clubes e quais são as perspectivas para o próximo ano.
Como em todas as empresas, no futebol não pode ser diferente, concluídas as competições ao fechar o ano é chegado o momento de os times fazerem os seus balanços, tanto em termos técnicos como financeiros.
Não tenho o mínimo interesse em saber ou questionar as situações financeiras nos nossos times. Contudo, em termos técnicos tenho obrigação de manifestar a minha opinião.
Particularmente, entendo que a conta será fechada no vermelho. No caso do Coritiba, vencer o Campeonato Paranaense era uma obrigação. Então, o Atlético e o Paraná Clube ficaram devendo.
Os dois pouco fizeram na Copa do Brasil. Pelo que representam no cenário nacional, poderiam ter avançando na competição. Ao ficarem pelo caminho, não cumpriram as suas obrigações.
O Coritiba fez bem o seu dever nessa competição. Aliás, foi além do que se esperava dele. Chegou à decisão mesmo com um elenco fragilizado em relação ao ano de 2011. O problema maior foi brigar o tempo todo para não ser rebaixado para a Série B.
O Paraná Clube ficará mais um ano na segunda divisão nacional. Mesmo assim, saiu no lucro com essa manutenção. Este ano foi o pior de toda a sua história. A expectativa é que, ao ter visitado o inferno, ou seja, uma passeada pela segunda divisão do paranaense, o clube tenha aprendido a lição.
Por outro lado, o Atlético Paranaense retornou para a elite do nosso futebol. À primeira vista, isso poderia ser considerado um feito monumental. Não foi. Pela arrecadação que possuía, jamais poderia ter cometido os erros que cometera. Ascender era obrigação e o clube o fez chegando com a mesma pontuação do quinto colocado. Desta forma, não posso considerar um feito extraordinário.
A partir de agora, fica a esperança para um ano melhor em 2013. Que haja mais inteligência e sorte na hora de contratar e dispensar jogadores. O futebol do estado do Paraná tem muitas dificuldades. Há um abismo entre os times que disputam as competições nacionais, em termos de receitas financeiras. Mas nós podemos ter desempenhos superiores aos apresentados na temporada que está sendo encerrada.

Acabou
E mais um campeonato se acaba; o que era para acontecer — voltar à primeira divisão — se concretizou. Sabemos muito bem que no próximo ano tudo será mais difícil. A Copa do Brasil terá os times que disputaram a Libertadores e o Campeonato Brasileiro não será nada fácil. O Atlético vai jogar contra clubes que ganham três ou quatro vezes mais verba da televisão. Mas, como diz o ditado de quem está na chuva é para se molhar, vamos para cima tentar uma boa posição, quem sabe uma vaga para a Libertadores, mas jamais disputar apenas para não cair como eles fizeram.
Só vai um recado à diretoria: se realmente queremos ser grandes, temos que rever alguns conceitos. No último jogo contra o P. Clube, ficou provado que não basta ter simpatizantes, temos que ter torcedores que no mínimo saibam quem são os jogadores que estarão representando nossa paixão. Entre simpatizante e torcedor existe muita diferença!
 
O que dizer?
Depois que o túnel parecia um pesque-e-pague, continuaram preocupados com nosso estádio?
Um Ultra-abraço!

Para uma segunda estrela dourada, precisaremos de reforços de nível!
 A meta da diretoria do Coritiba para 2013 é o título nacional, como destacou o vice-presidente de futebol Paulo Thomaz de Aquino em 29/10/2012. E, para atingir esta meta, será necessário reforçar e bem o time. Alex é um craque e em condições ideais deve ser um dos três principais jogadores do Brasil, mas só ele não basta. Será necessário mais. O time precisa de mais opções individuais, atletas que tenham maior poderio técnico. Mais atletas que sejam decisivos. Neste ano, Deivid foi decisivo em alguns jogos. E Éverton Ribeiro fez um bom Brasileirão, marcou gols.
Para conquistar o Brasil no ano que vem, o time precisa de jogadores diferenciados, de maior qualidade individual. O padrão técnico do elenco desta temporada foi regular. Por isto, a volta de Emerson fará uma boa diferença na zaga. Se Keirrison reestrear mostrando o futebol que jogou em 2007, o time ganha bastante qualidade ofensiva. Mas se repetir as jornadas que teve em outros times, será necessário um novo atacante.
O ano de 2013 terá novidades — Sub23 jogando boa parte do Paranaense, Copa do Brasil num novo formato, parada para a Copa das Confederações. Então, cercar-se bem, para evitar sustos e problemas no Brasileirão é muito recomendável. E reforçar o time será indispensável para conquistar um título nacional.
Coritiba, a Torcida que nunca abandona!

Só acaba quando termina
A temporada futebolística não acabou em Curitiba neste ano, ao menos fora de campo. Os tricolores terão ainda dois eventos tradicionais: a Avalanche (evento que importa em ode ao paranismo) e o jantar de final de ano da Paranautas, que contará com a presença de vários ex-atletas (maiores informações sobre ambos no site www.paranautas.com).
Muitos dirão que os paranistas não têm nada a comemorar este ano. Vejo de outra forma, vez que a entidade conseguiu cumprir as metas traçadas e, pela primeira vez em algum tempo, acena com a possibilidade de manter parte de seu elenco-base para a temporada vindoura.
Creio, no entanto, que o trabalho deve ser contínuo e que as férias fiquem restritas apenas ao elenco, até para quebrar paradigmas anteriores onde acabava um ano e, ao início do outro, um trabalho novo seguia.
Já existe a previsão orçamentária para 2013 com as cotas televisivas (estadual e nacional), arrendamento do salão de festas e plano de sócio-torcedor, o que poderá já dar algum respaldo aos atos diretivos iniciais.
O Tricolor segue sua personalíssima via-crucis pensando na retomada de seu prestígio e grandeza, ao menos para os demais porque, para seu torcedor, o paranismo sempre será algo a ser celebrado.
Força Tricolor!!!