A maratona de 17 jogos em 55 dias, que iniciou em 20 de agosto e vai até 15 de outubro, tornou-se motivo de cautela para o Atlético. “Nossa principal preocupação nessa maratona é a recuperação dos atletas”, avisou o técnico da equipe, Oswaldo Alvarez, o Vadão. Para preservar os jogadores e evitar um desgaste maior, o treino de ontem à tarde foi cancelado. Os únicos trabalhos ocorreram pela manhã.

De 20 de agosto até o último sábado, foram nove partidas em 27 dias — média de uma a cada três dias. A partir de amanhã, quando o Atlético enfrenta o Goiás, até 15 de outubro, serão oito jogos em 25 dias — mantendo a média de um a cada três dias.
Nesse período, Vadão tem apenas um dia para treinar a equipe entre uma partida e outra. Isso porque em dias de jogos os atletas são poupados de qualquer exercício físico. No dia seguinte às partidas, ocorre o chamado “treino regenerativo”, em que os jogadores fazem um trabalho físico para recuperar o desgaste, reduzir o risco de lesões e manter o condicionamento.

O volante Marcelo Silva, 31 anos, revela que o cansaço tem atrapalhado. “A gente vem de uma maratona de cinco jogos em 15 dias. E temos um elenco reduzido”, declarou o jogador. “Contra o Paraná, na Sul-Americana, nos doamos ao máximo e, de repente, agora vem um pouco do cansaço”, comentou. “É muito complicado jogar a cada três dias”, afirmou. “Não é só a parte física e técnica que sente, mas a parte psicologócia também é muito exigida”, destacou o jogador.

Preparação — Para o jogo contra o Goiás, Vadão poderá contar com todos os jogadores – ninguém está suspenso ou no departamento médico. Com isso, a tendência é que a escalação utilizada contra o Santa Cruz seja mantida no jogo no Serra Dourada, amanhã às 20h30.