O mais curioso dos jornalistas foi buscar nos anais da imprensa esportiva algumas informações que se assemelhasse ao que foi visto na largada do Campeonato Paranaense deste ano. Algumas coincidências chamam atenção, principalmente pelos números apresentados, e podem preocupar as três grandes torcidas do Estado.
A julgar pela primeira rodada, o ano será de sofrimento para os torcedores. Nada de novo foi apresentado pelo Trio de Ferro, mesmo havendo mudanças de alguns jogadores. E as apresentações foram abaixo da critica.
Obviamente, em defesa das péssimas atuações surgirão argumentos de que as pernas estavam pesadas, fruto da preparação física e da falta de entrosamento. Tudo cascata, conversa fiada. Se essa argumentação tivesse fundamento, enquanto os jogadores tivessem fôlego, os jogos seriam verdadeiros espetáculos. Tudo seria superado pela qualidade técnica dos atletas. Infelizmente, nada disso foi verificado. O que se viu mais uma vez foi a falta de qualidade dos nossos clubes.
Então vejamos: o Coritiba venceu Serrano, de Prudentópolis, muito mais pela fragilidade do adversário do que propriamente pela qualidade. E aqui vamos ser benevolentes e levar em consideração que muita coisa mudou no clube após a queda. Porém, os erros continuam em termos de planejamento tático e de posicionamento de alguns jogadores. Aí a responsabilidade é do treinador, que escalou de forma equivocada, sem contar a falta de coerência. Renatinho não seria a bola da vez do verdão? Pois é, ele foi mais uma vez sacrificado e ficou no banco. Cuidado, Ney Franco!
Quanto ao Paraná Clube, vale lembrar que perdeu também na estreia do ano passado, no Janguito Malucelli, para o então “Jotinha”. Tinha as mesmas dificuldades atuais: havia montado um catado de jogadores para iniciar a competição. Não é preciso comentar o resultado. O desempenho beirou uma tragédia.
E o Atlético? Foi aquele que menos mudou e teria tudo para começar muito bem a competição. Contudo, nada de novo apresentou. Seu treinador continua a fazer “experiências”, as quais a partir de agora chamarei de invenções. Ou ninguém sabe nada de futebol nessa terra ou o treinador quer ser reconhecido como o “professor Pardal”. Vou ficar com a segunda.
Senhores comandantes do Trio de Ferro, abram os olhos no inicio da competição. Deixar para depois ou acreditar que o temos em casa basta é assinar um atestado de incompetência. Alertamos tudo no ano passado e ninguém ouviu. O saldo foi uma luta desesperada do Atlético para se manter na elite (só conseguiu pela força da sua torcida); a queda do Coritiba e a quase derrocada do Paraná Clube para a série C nacional.
Diferente?
Depois de uns dias de férias, voltamos com nosso regional. Uma estreia pra de lá de amarga do Atlético. Se os últimos anos foram de sofrimento e raiva com pseudojogadores, este ano não deve ser muito diferente. Muitos podem achar cedo para reclamar. Concordo! Mas existe fatores que nos faz pensar assim. Não podemos mais insistir em jogadores que não deram certo. Netinho estava afastado, de repente é integrado e, no jogo de Toledo, tem a missão de substituir Paulo Baier. E o que aconteceu?
Patrick, jogador jovem, com uma grande oportunidade. Aos 20 minutos, não estava mais aguentando correr. Começo de campeonato é para todos. Patrick sabe muito bem o porquê de não render em campo. Não sabe? Se realmente queremos algo neste ano, mais jogadores terão que reforçar a equipe. Poderia começar com, no minímo, uns cinco a seis jogadores para “reforçar” outras equipes e, com a venda desses, poderíamos trazer três jogadores com qualidade e vontade de vestir a camisa rubro-negra. Este ano terá que ser diferente. Chega dos mesmos!
Torcida!
Quem assistiu o jogo percebeu o grande numero de torcedores atleticanos. Parabéns a embaixada de Cascavel que foi em peso. Fica claro o crescimento de nossa torcida no interior. A hospitalidade do povo de Toledo também tem que ser citada. E todos o guerreiros que saíram cedo de Curitiba para acompanhar o time. Sempre e bom ressaltar que e tudo por nossa conta, disposição e amor pelo clube.. Típico bate e volta e segunda feira cedo estamos firmes para o batente. Será que alguns jogadores fazeriam o mesmo pelo Atlético?
Um Ultra abraço!
Parâmetro?
O Coritiba estreou com uma importante vitória no Paranaense, ao fazer 2 a 0 na equipe do Serrano. Valeram pelos pontos e para quebrar o gelo entre time e torcida. Com a vantagem na primeira rodada sobre o time da Baixada e da Vila, aumenta a responsabilidade: é manter as vitórias para ir para os confrontos diretos contra eles, pensando em ficar na frente na tabela e garantir as vantagens na fase final.
Geralmente, dois ou três times do interior ou do Litoral costumam montar estruturas mais competitivas e tirar pontos dos times curitibanos. Por isso, o Coxa precisa reforçar o elenco e arrumar a defesa, que contra o Serrano teve três jogadores recebendo cartão amarelo: Jeci, Pereira e Luciano Amaral.
Um fato se torna um alerta: vencer no regional é obrigação, as estruturas são muito diferentes. Sem ilusões nas vitórias: este campeonato não serve de parâmetro para o Brasileirão, onde a competitividade será muito, muito maior.
Coritiba, a torcida que nunca abandona!
Mais do mesmo
A primeira partida frustrou o paranista. O torcedor (após perder a base da “empatabilidade”) apostou na sobra daquele elenco, modificou (para a primeira partida) o que mais tinha dado certo naquela formação e pagou o preço.
Cavalo encontrou um lugar para Toscano na frente. Assim, o camisa 9, mesmo não sendo matador de ofício, conseguiu resolver o problema da falta de gols. Apesar da falsa base mantida, Oliveira modificou a forma de jogo, recuando Toscano. Com este fora da área, o time lembrou momentos de 2009, onde a equipe pouco ou nada conseguia fazer ofensivamente.
Muitos comentaram com satisfação que Oliveira é um técnico participativo e que nos treinamentos ensaiava “parar a jogada” caso o time perdesse a bola O time acatou o ensinamento, tanto que os gols sofridos foram idênticos. Parece básico que é melhor cercar, pressionar, do que conceder a bola parada, ainda mais quando o sistema defensivo não está entrosado. Prova disso foram os gols sofridos.
Outro ponto a questionar é o fato de o time atuar sem primeiro volante. Afinal, Camargo e João Paulo saem para o jogo e deixam o trio de defensores sozinhos, uma vez que Murilo se isola na frente e Guaru não retorna quando sobe. Aliás, Guaru, Luiz Henrique e Márcio Diogo parecem fora de forma. Como este último atuou mal (como fizera no jogo-treino diante do Joinville), fica a pergunta: pode alguém sem condições participar de partida oficial sem comprometer a equipe?
O departamento de futebol deve estreitar a proximidade com o novo treinador, estabelecer e cobrar parâmetros de atuação e escolha das peças. Afinal, o preço de se jogar fora reconhecidas soluções é caro e já conhecido.
Teu destino é vitória!