Avião estava normal para voar e pousar em Congonhas, defende TAM

O vice-presidente técnico de manutenção da TAM, Ruy Amparo, explicou que era o responsável pela aeronave acidentada na semana passada

Agência Brasil

O Airbus 320 da empresa aérea TAM, que colidiu próximo ao Aeroporto de
Congonhas, estava dentro das condições normais para voar e pousar,
segundo a empresa aérea. Em depoimento na Comissão Parlamentar de
Inquérito do Apagão Aéreo na Câmara, o vice-presidente técnico de
manutenção da TAM, Ruy Amparo, explicou que era o responsável pela
aeronave acidentada na semana passada.

Segundo ele, as condições normais do equipamento eram: estava dentro do
limite de peso necessário para pousar, tinha a distância necessária de
pista conforme o manual de fabricação, foi revisado no aeroporto antes
de sair de Porto Alegre, e não tinha nenhuma outra pendência técnica
com exceção do reversor travado. “A aeronave não tinha nenhuma outra
pendência, além do reversor travado, mas estava tudo normal para voar”,
explicou.

Amparo entregou diversos documentos que a CPI solicitou: manual da
aeronave, histórico do avião e histórico da manutenção. Em uma
apresentação inicial, o representante da TAM, que trabalha há 18 anos
na empresa, explicou que a aeronave chegou ao Brasil em dezembro do ano
passado, portanto, tinha pouco mais de sete meses. Em 2007, segundo
ele, passou por três revisões e nenhum problema foi identificado.

Em Porto Alegre, de onde o Airbus decolou, o piloto e o mecânico
atestaram em um livro de registros que a aeronave estava dentro da
normalidade. O reversor estava travado, como determina as normas
internacionais, e o piloto estava ciente do fato, como registra o livro
de bordo e a retransmissão da informação ao comandante antes de ele
assumir o vôo.

Sobre o tamanho da pista, Ruy Amparo disse à CPI da Câmara que o manual
de fabricação do Airbus prevê, como distância mínima de pista para
pouso, um tamanho de 1.350 metros. Ou seja, a pista principal de
Congonhas tinha quase 2 mil metros, em tese, o suficiente para pousar.
O vice-presidente técnico da TAM ainda ressaltou que a aeronave estava
dentro do peso máximo para pouso. O manual prevê 64,5 toneladas de
carga máxima e o peso estava com 62,7 toneladas.