Os organizadores da manifestação contra o caos aéreo e em homenagem às vítimas do acidente da TAM que se realiza na Zona Sul de São Paulo, pediram que a população não viaje no próximo dia 18, sábado, e agendaram para o mesmo dia uma nova passeata repetindo o trajeto entre o Monumento às Bandeiras, no Parque do Ibirapuera, e o Aeroporto de Congonhas.


“Pé no chão, não de avião” é o lema da proposta. Roberto Gomes, que perdeu o irmão Mario Gomes, de 49 anos, no acidente com o Airbus A-320 da TAM, classificou a ocorrência como “assassinato” e pediu que pessoas deixem de ser passivas e lutem por soluções. “Até quando vamos nos deixar ser roubados e vilipendiados?”, indagou, fazendo coro aos demais oradores que, em tom emocionado exigiam punição aos culpados e melhor tratamento do governo à população.


Seu Jorge até cantou “Caminhando” de Geraldo Vandré e incluiu alusões ao acidente em alguns trechos da canção. A manifestação teve aspecto abrangente.Além de protestos contra o caos aéreo, com palavras de ordem que penalizavam o governo, como o “Fora Lula”, a passeata registrou falas ou cartazes contra a violência pela reforma do Judiciário, contra a construção da usina nuclear Angra 3 e até em defesa de maior apoio ao futebol feminino. A Guarda Civil Metropolitana estimou o número de participantes entre 2.500 e 3 mil, mas os organizadores chegaram a falar em 5 mil.