Cinqüenta homens do Corpo de Bombeiros continuam as buscas nos escombros do acidente com o Airbus da TAM, ocorrido na última terça-feira (17), ao lado do Aeroporto de Congonhas, em São Paulo. E três cães farejadores já chegaram para auxiliar na busca de mais vítimas, mas ainda não há previsão de quando serão utilizados. São os labradores Dara, Dora e Anne. As cadelas já haviam sido usadas nas buscas por vítimas na abertura de uma cratera no metrô de São Paulo.
“Continuamos trabalhando da mesma forma, abrindo novos acessos no prédio esquerdo [o mais danificado], resfriando a laje, retirando material e fazendo as buscas dos locais que faltam”, disse Mauro Lopes, porta-voz do Corpo de Bombeiros.
Sobre os cachorros, ele explicou que “é necessário, primeiramente, permitir condições para que possam ter acesso aos locais mais confinados, onde haja necessidade de busca pelo odor”.
Em relação à conclusão dos trabalhos, Lopes disse: “Não vamos fazer previsão, vamos trabalhar com calma. Estamos perto do final, mas não vamos estabelecer prazo”.
Ele falou o mesmo sobre a provável implosão do edifício, que está sendo vistoriado por funcionários da seguradora. “O Corpo de Bombeiros não delibera sobre demolição nem estabelece prazos. Fica a cargo da empresa aérea, mas de qualquer forma, só será possível quando os órgãos competentes pela investigação liberarem o prédio”.
A Avenida Washington Luís, onde fica o prédio destruído pelo avião da TAM, permanece interditada até ser resolvida a questão da demolição, no sentido centro-bairro.
O número de sacos plásticos liberados pelos Bombeiros continua o mesmo: 214. Cada saco pode conter um corpo ou restos mortais.