São Paulo – Homens do Corpo de Bombeiros estão vasculhando a últimaparte dos escombros do prédio da TAM atingido por um Airbus dacompanhia aérea na última terça-feira (17), naquele que foi o pioracidente da aviação brasileira, provocando a morte de 187 pessoas abordo do avião e outras tantas que estavam em terra.

Como estão no setor do edifício mais afetado pelo acidente, osbombeiros encontram dificuldade para se locomover. “Estamos com espaçoreduzido às vezes de 40 a 50 centímetros. Tem bombeiro literalmenterastejando para começar a tirar esse material. É muito cansativo,extenuante e difícil”, disse o porta-voz da corporação, Mauro Lopes.

O material a que ele se refere é uma mistura de papel e água, formadapela grande quantidade de documentos que havia no local e pela águajogada incessantemente desde o momento do acidente, a fim de debelarnovos focos de incêndio e resfriar o local para permitir as buscas.

Por volta de 12h45, os bombeiros localizaram mais “dois ou três”fragmentos de vítimas, segundo ele, que foram colocados em um novo sacoplástico. Agora já são 218 registros. O porta-voz reconhece que éremota a possibilidade de encontrar mais corpos inteiros, mas afirmaque qualquer peça encontrada é importante para o Instituto Médico Legal.

Embora a equipe de resgate esteja na parte final do prédio, Lopes dizque ainda não é possível prever quando as buscas serão encerradas, jáque este é o setor mais danificado. “O trabalho não tem previsão detérmino e continua normalmente”.

As cadelas Anne, Dara e Dora não foram usadas hoje, mas um quartoanimal foi levado ao local: Nick, um cão da raça Golden Retriever deoito meses que realizou apenas um treinamento.