O Ministério Público do Trabalho informou, através de nota, que o Ministério Público Federal em São Paulo pode pedir o fechamento do aeroporto de Congonhas, onde ocorreu ontem (17) o pior acidente da história da aviação brasileira, com a explosão de um avião da TAM com 186 pessoas a bordo.

Segundo a nota, o MPF “está estudando ajuizamento de medida cautelar para interdição total de Congonhas até que seja demonstrado em que condições o terminal poderá operar com segurança para passageiros, tripulantes, trabalhadores e moradores do entorno do aeroporto”.

O órgão prestou solidariedade às famílias das vítimas e informou que vai apurar as responsabilidades criminais do caso e investigar se a liberação da pista principal de Congonhas foi precipitada.

O MPT diz que continuará se empenhando na parte que lhe cabe na investigação da crise aérea e que compete ao governo garantir segurança aos cidadãos brasileiros que utilizam os aeroportos. “É urgente e necessário que o governo realize uma verificação ampla da situação de todos os aeroportos do país e aumente os investimentos no setor, de forma a garantir à sociedade que há condições seguras para transporte aéreo”.

O MPT participa do grupo de trabalho do Ministério Público Federal para solução da crise aérea no país. Em janeiro, um grupo de procuradores do MPF entrou com ação pedindo a reforma das pistas de Congonhas e fez um alerta sobre as dificuldades de operação do terminal sob chuva forte. A pista estava molhada no momento do acidente de ontem.

O presidente da TAM, Marco Antonio Bologna, disse hoje que o avião estava em perfeitas condições. No último balanço divulgado pelas autoridades, 165 corpos haviam sido retirados do local.