A Polícia Federal (PF) abriu hoje (18) inquérito para apurar as causas do acidente com o Airbus A320 da TAM, que fazia ontem (17) o vôo JJ 3054 de Porto Alegre a São Paulo e explodiu ao se chocar com o prédio da TAM Express, onde fica o setor de cargas da empresa, em frente ao Aeroporto Internacional de Congonhas.
Nota divulgada pela PF informa que o inquérito pretende investigar as condições da pista principal do aeroporto no momento do pouso do avião, quando chovia em São Paulo, e “a eventual responsabilidade de agentes públicos, ou de particulares, sobre a possível liberação da pista em obras sem o cumprimento dos requisitos necessários”, diz o texto.
Há duas semanas, a pista principal de Congonhas foi liberada pela Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero), após interdição que durou 45 para obras que só deveriam ficar prontas em setembro. As obras aumentariam a aderência do asfalto e reduziriam a lâmina de água formada com a chuva.
Oito peritos criminais, especialistas nas áreas de engenharia de solo e asfalto, e também na de identificação humana, participarão da investigação da Polícia Federal. De acordo com comunicados divulgados pela TAM, cerca de 186 passageiros e tripulantes estavam a bordo do Airbus A320.