O vice-presidente da TAM, Alberto Fajerman, afirmou, durante entrevista coletiva, que ambos os pilotos do avião que sofreu o acidente ontem (17) em Congonhas eram comandantes experientes, com mais de 10 mil horas de vôo no currículo.
Segundo ele, o comandante Kleyber Lima está há 19 anos na TAM, acumula 13.654 horas de vôo, e realizou seu último check regulatório em 19 de maio. Já o comandante Henrique Stephanini di Sacco foi contratado há apenas seis meses, porém sempre trabalhou na TAM com avião semelhante ao do acidente. Ele havia prestado serviços anteriormente na Transbrasil e acumula 14.744 horas de vôo, tendo feito seu último check em 5 de junho.
“Os dois pilotos eram muito experientes. Não havia um co-piloto em treinamento, como a imprensa chegou a cogitar”, afirmou.
O presidente da TAM, Marco Antonio Bologna, negou que exista algum tipo de pressão sobre os pilotos para que eles realizem pousos em Congonhas, mesmo sob condições adversas. “Nós temos relatórios e também um canal de ética sigiloso, onde os pilotos podem registrar qualquer tipo de reclamação ou incidente “
Questionado sobre questões de infra-estrutura, Bologna admitiu que há problemas, mas ponderou que, na sua opinião, o governo tem se mobilizado para solucioná-los.
O executivo disse que a TAM irá contactar individualmente todos os familiares das vítimas para tratar das indenizações – que serão prioritárias neste caso. “O foco da TAM agora é o bem estar das famílias. Todas as medidas serão feitas da forma mais rápida possível, inclusive com o pagamento antecipado de despesas”, frisou Bologna. Ele lembrou ainda que a companhia possui um programa de assistência, que já foi acionado para dar apoio a todas as pessoas afetadas pelo acidente.
A empresa reservou três hotéis distintos em São Paulo para receber estas pessoas, sendo um para as famílias dos passageiros, outro para parentes dos funcionários e o terceiro para moradores da região atingida.