O presidente da Infraero, brigadeiro José Carlos Pereira, colocou o cargo à disposição nesta quinta-feira (19), segundo informações do site G1, ao dizer aos jornalistas “Estou pronto para sair”, antes de entrar para a reunião no Palácio do Planalto com Dilma Rousseff.

Ele está no Palácio do Planalto, esperando o fim de uma reunião convocada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva preparatória à reunião de sexta-feira (20) do Conac (Conselho de Aviação Civil).

Na tarde de hoje, Pereira foi cercado cercado por repórteres ao chegar ao Palácio do Planalto para reunião com a ministra Dilma Rousseff sobre o andamento dos trabalhos após o acidente com a avião da TAM em Congonhas.

Ao ser indagado se estaria sofrendo pressão para deixar o comando daInfraero, o brigadeiro respondeu: “Não sei de nada nesse sentido. Eu estava em São Paulo cuidando do acidente”.

Sobre o acidente, o presidente da Infraero descarta a possibilidade do problema estar na pista. “Garanto que a pista não teve nada a ver com o acidente da TAM, porque eu assisti a fita e vi o que aconteceu. Mas as investigações vão dizer qual foi a causa do acidente. Não posso adiantar nada”, afirmou, ao chegar ao Palácio do Planalto para uma reunião na Casa Civil com a ministra Dilma Rousseff e representantes da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e dos ministérios do Planejamento e da Fazenda.

O brigadeiro, no entanto, não descartou ter havido defeitos técnicos na aeronave.

O presidente da Infraero adiantou que a Anac vai reduzir para 35 o número de operações (pousos e decolagens) por hora no Aeroporto de Congonhas. Hoje são 44 operações por hora. As transferências seriam feitas, segundo informou, para os Aeroportos de Guarulhos e Viracopos, localizado a cerca de 15 quilômetros de Campinas.

José Carlos Pereira negou a construção de uma nova pista em Congonhas, em função da falta de espaço, e afirmou que o Brasil não pode ficar sem o Aeroporto de Congonhas. “Acho difícil ficarmos sem Congonhas. Ao não ser que alguém me diga onde vamos colocar 20 milhões de passageiros”.

José Carlos Pereira disse ainda ser possível o governo encontrar “boas soluções” na reunião do Conselho de Aviação Civil (Conac), marcada para esta sexta-feira (20), em Brasília.