A edição de novembro da revista KAZA traz uma matéria sobre a Galeria Zilda Fraletti. A publicação, de periodicidade mensal, circula em todo o Brasil e é considerada uma das mais respeitadas na área de decoração e design.
  Esta é a primeira vez que uma galeria do sul do país recebe este convite, feito por Claudia Ferraz, editora de arte da KAZA.
  A respeito, Zilda declara: “Após 24 anos de atuação no mercado de artes e dedicando nosso trabalho cada vez mais ao acompanhamento e divulgação de artistas locais, receber um reconhecimento desta natureza é uma alegria muito grande que gostaria de compartilhar com todos!”
  Nascida na cidade de São Paulo, ela mora há mais de 30 anos em Curitiba, onde é uma presença constante nas artes e na sociedade paranaense.
  A revista explica como lhe foi revelada sua vocação, que surgiu logo após o término do Curso de Psicologia, quando ela foi estudar inglês em Londres. Lá, freqüentando museus e exposições, encontrou seu caminho nas artes visuais.
  Declara Zilda: “Comecei então a estudar História da Arte e não parei mais de visitar exposições na Europa, uma vez que a arte passou a representar um dos aspectos mais importantes da minha vida. Retornando ao Brasil, passei a organizar grupos de amigos interessados em investir em obras de arte e formar acervos particulares”. Ela ressalta: “Naquela época, muita gente pode iniciar não só a formação de coleções importantes, como também vir a conhecer mais, porque em nossos encontros discutíamos as diferentes modalidades artísticas, o mercado, a trajetória dos artistas.”
  Na segunda metade da década de 80, residindo em São Paulo, Zilda abre um escritório de arte, o que veio a favorecer, cada vez mais, as suas relações no mercado.
  Em 1991, voltando a Curitiba, abriu a primeira galeria de arte especificamente direcionada à arte contemporânea. Ali foram apresentadas incontáveis exposições importantes, dentre as quais destacam-se, para nomear apenas alguns dos nomes, as de Aldemir Martins, Carlos Scliar, Burle Marx, Claudio Tozzi, Luiz Áquila, Carlos Vergara, Emmanoel Araújo, Marcelo Nietsche, Mário Cravo Neto, Ana Durãens, Mônica Barki, Manfredo Souzanetto.
  Quem leu minha coluna da semana passada pode ter uma idéia da dificuldade que é trabalhar com arte contemporânea em nossa cidade, uma vez que considero o mercado uma questão cultural. Partindo do fato que elementos arraigados na cultura muito dificilmente serão versáteis, e que situações estabelecidas oferecem, igualmente, resistência à mudança, por mais intelectual que a assim chamada cidade universitária se apresente, sempre haverá um substrato formado pela mistura da tradição e da acomodação a ser quebrado quando na aquisição de uma simples obra de arte atual.
  Portanto é de admirar, em primeiro lugar, a persistência de uma pessoa como Zilda e também o seu amor incontestável pela arte, o que a faz batalhar duramente por seus artistas.

  Entre os que hoje representa, estão Juliane Fuganti, Estela Sandrini, Glauco Menta, Walton Hoffmann, Marcelllo Nietsche, Fernando Velloso, M,. Cavalcanti, Edilson Viriato, Gilberto Salvador, Marlon de Azambuja, Maria Cheung, André Malinski, Domício Pedroso e Armando Merege. Nesta constelação de artistas, o mais recente é José Gonçalves, de Londrina, cujo trabalho esta coluna. Confira no site: www.galeriazildafraletti.com.br  
  Tal como está escrito na revista KAZA: “A trajetória da galerista Zilda Maria Beltrão Fraletti está intimamente ligada à história do espaço que leva seu nome.” Mulher extremamente dinâmica, animada e inteligente, sempre em dia com tudo o que há de mais atual, seja na arte, no mundo, e na sua própria maneira de ser, esta é a marca que Zilda imprime em tudo que a rodeia, desde a administração de sua empresa até o alto astral que se reflete na atmosfera acolhedora da sua galeria.