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Atletas usam 600 toneladas de gelo em Paris. Terapias alternativas realmente funcionam?

Uso de banhos em banheira de gelo virou polêmica nos Jogos de Paris. Crioterapia funciona?

Assessoria de Imprensa
banho de gelo

Polêmica olímpica (Freepik)

Os Jogos Olímpicos de Paris já rendeu polêmicas na internet. Algumas delas a crioterapia, que usa longos banhos de gelo, adesivos para dor e terapia com ventosas têm sido as mais usadas entre os atletas, que chegaram a receber 600 toneladas de gelo pelas suas federações de acordo com um artigo do British Journal of Sports Medicine, superando os jogos de Tóquio em 2021.

Mas, de acordo com o fisioterapeuta e especialista em quiropraxia, José Ordenes, o grande problema são os efeitos pequenos e a substituição de técnicas realmente comprovadas para alívio de dores e prevenção de lesões.

“Terapias alternativas com pouca comprovação científica tendem a ter efeitos muito limitados e não devem substituir técnicas comprovadamente eficazes, isso porque optar por tratamentos sem respaldo atrasa o uso de métodos realmente comprovados que ajudam a reduzir dores e prevenir lesões de forma muito mais eficaz”, ressalta.

Terapias alternativas são eficazes?

As terapias alternativas são tratamentos que não fazem parte da medicina convencional, como acupuntura, homeopatia e aromaterapia, elas, geralmente, têm pouco ou nenhum respaldo possível e buscam promover o bem-estar e tratar diversas condições.

No caso dos atletas, elas podem ser usadas para tratar ou prevenir dores e melhorar o desempenho, mas afinal, elas são realmente eficazes?

O maior consenso científico é que as terapias alternativas têm basicamente um “efeito placebo”, ou seja, seus supostos resultados são exclusivamente fruto de um bem-estar causado pelo fato do paciente acreditar que a terapia tem algum efeito mesmo que, na prática, ela não tenha.

De acordo com José Ordenes as terapias alternativas, a menos que causem claros efeitos nocivos à saúde, não são totalmente abolidas, mas devem ser uma escolha pessoal e nunca substituir totalmente as práticas com ampla comprovação científica.

“As terapias alternativas, a menos que causem claros efeitos nocivos à saúde, não são totalmente abolidas, sendo inclusive usadas pelo SUS, por exemplo. Mas devem ser uma escolha pessoal e nunca substituir práticas com comprovação científica”.

“Elas podem ser usadas apenas como complemento, por convicções pessoais, desde que não prejudiquem a saúde, sempre priorizando métodos científicos e comprovados, como a fisioterapia, quiropraxia, massagens, entre outros”, explica.

Benefícios da fisioterapia para a redução de dores e prevenção de lesões em atletas:

Sobre José Ordenes

Fisioterapeuta Chileno formado pela Universidade da Fronteira. Fez intercâmbio no Brasil pela UNESP. Possui mestrado e está cursando doutorado sobre dor lombar. Especialista em terapia manual. Proprietário do Instituto Latino Americano de Reabilitação Física. Ministra aulas no México, Bolívia, Equador, Peru e Uruguai. Criador do método AVT.