Bancos, relógios e chocolates

Bem Paraná

A Suiça é conhecida pela histórica neutralidade, pelos bancos poderosos, pela indústria farmacêutica e, é claro,  pelos relógios, queijos e chocolates. Sedia importantes organizações, como a Cruz Vermelha, o Banco Mundial,  o FMI e a OMC.A população é composta por 65% de alemães, 18% de franceses, 10% de italianos e 7% de outras nacionalidades.

O que faz com que o país tenha 3 idiomas oficiais: alemão, francês, italiano, fora os dialetos regionais. 46,2% da população é de católicos e 40% são protestantes. Politicamente é uma república confederativa com 20 cantões e 6 subcantões autônomos, tendo Berna como capital.Completando 717 anos em 1o de agosto, tem os últimos 157 anos ligados ao Brasil. A crise que abalou a Europa nas décadas de 40 e 50 no século 18, quando a industrialização estava  a pleno vapor, causando conflitos religiosos, revoltas liberais e socialistas e instabilidades econômicas, sociais e politicas, obrigou muitas famílias suíças a emigrarem para outros países e continentes. Algumas dessas famílias venderam suas propriedades na procura da Neue Heimat, nova terra natal no Novo Mundo. E chegaram à Colônia Dona Francisca em 9 de março  de 1851, na primeira leva de imigrantes que aportou em Joinville com a barca Colon.

Dos 117 passageiros a bordo, 65 eram suíços. Até 1857 já havia 705 residindo na Mittelweg (atual Rua XV de Novembro), na  Schweizerstrasse (hoje Marechal Hermes) e Guigerstrasse (rua  Colon), Bairro Glória, oeste da cidade. Em pouco tempo, além de produzirem alimentos para a comunidade e criarem escolas religiosas, criaram a associação de canto Helvetia e uma Caixa de Auxílio às famílias suiças ( Sterbekastenverein Helvetia). Estabelecimentos industriais surgiram, como a cervejaria A. Schmalz, o cortume J. Richim, a serraria Vogelsanger e contribuiram para a instalação do sistema de transportes, como bondes, carros de passeio e ônibus.

Daí  razão para  brasão de Joinville, escudado na origem da princesa dona Francisca, da Casa Imperial Brasileira, e do Príncipe de Joinville, membro da família d’Orleans, da Casa Real Francesa, ao lado do leão da Noruega, tem também a cruz de Oldenburgo, a águia da Prússia e a cruz helvética, homenagem à Suíça e o legado dos antepassados de brasileiros.