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Nada melhor do que um cafezinho para começar bem o dia, o que faz parte da rotina de muitas pessoas. Isso permanece mesmo com uma ligeira queda no consumo. De acordo com o relatório mais recente da Associação Brasileira da Indústria de Café (ABIC), 21,3 milhões de sacas de café foram consumidas entre novembro de 2021 e outubro de 2022, representando 1,01% a menos em relação ao período anterior. 

Se considerado o consumo per capita, ou seja, por pessoa, ele foi de 5,96 kg por ano de café cru e 4,77 kg por ano de café torrado. A ABIC atribui essa queda ao crescimento da população e garante que o consumo do produto manteve o seu ritmo. Com esses dados, o país se manteve como o segundo maior consumidor de café do mundo, perdendo apenas para os Estados Unidos.

Apesar da bebida cair no gosto da população, é importante lembrar que o consumo não pode ser feito em excesso, para evitar futuros problemas. A nutricionista e professora Natália Fernandes, do curso de Nutrição do Centro Universitário Tiradentes (Unit Pernambuco), afirma que o consumo seguro e recomendado de café é de até quatro xícaras por dia. “Existe o consumo seguro de cafeína, acima do qual podemos ter efeitos colaterais”, comentou. 

Essa quantidade, de acordo com a Autoridade Europeia para a Segurança Alimentar (EFSA), equivale a 400mg, dez latas de refrigerante de cola ou, ainda, duas latas de energético. Entretanto, em determinados casos, algumas pessoas precisam consumir menos café porque metabolizam a cafeína de maneira diferente. 

“Existem o que chamamos de metabolizadores rápidos de cafeína e metabolizadores lentos. Quem metaboliza a cafeína lentamente tende a sentir por mais tempo os efeitos da cafeína, portanto, precisam consumir menos café”, explica Natália.

Como a cafeína tem ação estimulante diante do sistema nervoso, a longo prazo, o consumo pode causar dependência. É comum que aquelas pessoas que já possuem o hábito de tomar muito café todos os dias, quando não o fazem, sintam dores de cabeça e, quanto tentam diminuir ou cortar a bebida, desenvolvem depressão.