Muitas famílias costumam aproveitar as férias escolares de julho para passearem. Com isso, as casas e apartamentos ficam vazias por dias ou até semanas. Esse período, embora aguardado com entusiasmo, acarreta um risco significativo: o aumento da vulnerabilidade dos imóveis a furtos e invasões. Leia mais: Estudantes dedicam férias em ações de solidariedade na Fazenda Rio Grande “Casas desocupadas e bairros com menor circulação de pessoas criam o ambiente ideal para ações criminosas. O que observamos, com frequência, é a confiança excessiva em câmeras de vigilância, quando na verdade esses dispositivos cumprem apenas função de registro posterior — não de prevenção”, afirma André Prado, CEO da Emive. De acordo com ele, o consumidor médio ainda desconhece os avanços mais recentes em proteção residencial. “Hoje, a tecnologia permite antecipar ameaças. É possível detectar movimentações suspeitas antes da invasão e acionar automaticamente protocolos como o alerta às autoridades competentes. A segurança deixou de ser reativa e passou a ser preditiva, mas essa virada ainda não chegou a boa parte das residências.” |
O que, de fato, protege uma residência? A orientação do especialista é clara: proteger uma casa exige um sistema integrado, que combine sensores de intrusão, alarme monitorado, câmeras e seguro patrimonial. “A câmera é um componente importante, mas sozinha não oferece proteção total. A base da segurança moderna é a detecção em tempo real e a capacidade de resposta imediata. Sem isso, o sistema é passivo e o criminoso ganha tempo, o que é justamente o que ele procura.” Com a evolução das tecnologias sem fio, a instalação tornou-se mais acessível. “Hoje, é possível instalar sensores de porta e janela sem obras, apenas com fixação adesiva. Essa tecnologia acelera a implantação do sistema e amplia a cobertura do imóvel. O sensor detecta a intrusão, e a informação é enviada instantaneamente à central de monitoramento, que inicia o protocolo de resposta.” O tempo, segundo ele, é o fator crítico. “Toda ação criminosa depende de tempo. Quando conseguimos encurtar essa janela entre o início da invasão e a intervenção, reduzimos drasticamente o potencial de perdas. E, se ainda houver algum dano, o seguro patrimonial cobre os prejuízos residuais.” “Dê preferência a soluções que já contem com inteligência artificial integrada. Esse tipo de tecnologia é capaz de fornecer informações relevantes em tempo real, como o comportamento do seu pet durante a sua ausência, identificando, por exemplo, se ele está se alimentando corretamente, além de recursos avançados de segurança, como o reconhecimento facial, que permite detectar a presença de pessoas não autorizadas em ambientes monitorados”, afirma Prado. Veja a seguir recomendações técnicas para proteger sua casa durante as férias: 1. Invista em alarme com monitoramento 24h Sistemas monitorados atuam de forma ativa: ao identificar qualquer violação do ambiente, alertam automaticamente a central, que pode acionar as autoridades competentes se necessário. A velocidade da resposta é o diferencial em relação aos sistemas convencionais. 2. Prefira sensores sem fio de fácil instalação Tecnologias modernas eliminam a necessidade de quebrar paredes ou passar cabos. Sensores são fixados de forma simples e ampliam a eficácia do sistema, protegendo pontos críticos de acesso. 3. Reduza a exposição de bens de valor Evite exibir joias, eletrônicos ou malas na entrada e saída da residência. “Para itens de alto valor, a recomendação técnica é armazená-los em cofres bancários ou sob guarda de alguém de confiança que permanecerá na cidade”, orienta Prado. 4. Integre o sistema de segurança a um seguro patrimonial Mesmo com proteção ativa, é possível haver perdas pontuais. O seguro integrado oferece cobertura financeira para esses casos, funcionando como complemento ao sistema físico. 5. Seja criterioso com suas postagens nas redes sociais A divulgação de viagens nas redes pode ser monitorada por criminosos. Postar que está fora da cidade funciona, na prática, como um aviso de que a casa está desocupada. 6. Totens e câmeras externas têm função de inibição, mas não de prevenção ativa Dispositivos externos, como totens com câmeras ou leitura de placas (LPR), têm papel dissuasório, mas não garantem resposta imediata. “Sem integração com uma central ativa, esses recursos funcionam apenas para reconstrução posterior dos fatos. A proteção real começa da porta para dentro.” 7. Consulte um especialista antes de viajar A avaliação técnica de um consultor em segurança eletrônica permite identificar vulnerabilidades específicas da residência. “Não existe solução padrão. Cada imóvel exige um projeto próprio de proteção, considerando pontos de acesso, rotina dos moradores e valor dos bens protegidos”, finaliza Prado. |
Férias de julho: como manter a sua casa segura enquanto viaja com a família?

Saiba como proteger a sua casa durante as férias de julho