Destaques de 2008

Allan Johan
Destaques
de 2008

O estilista Alexandre Herchcovitch, o jornalista Sérgio Ripardo
e o turismólogo Clóvis Casemiro foram as personalidades
do ano, junto com os escritores Agnaldo Silva e Gilberto Braga. A
boate Flexx, em São Paulo é o destaque da noite deste
ano, ao lado da The Week Rio dando destaque aos empresário
Rodrigo Zanardi e André Almada. Em Curitiba, foi a boate GaAs
que chegou para agitar a cidade.
O Censo do IBGE que concluiu que existem mais de 17 mil casais homossexuais
no país é outro ponto a ser comemorado. Bem como o lançamento
das revistas Junior e DOM. O Mr. Gay Brasil foi um sucesso e o Luciano
Lupo é Paranaense!

*
* * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *

Lado
B

Teve também os pontos ruins. Mais um ano sem conquistas no
Legislativo, embora muitas empresas e o INSS passaram a igualar
os direitos de casais homos e héteros. A lei da parceria
civil, da Marta Suplicy entre outras, continuam mofando no legislativo.
Por aqui, apesar do veto de Beto Richa, foi instituído o
Dia Municipal de Combate à Homofobia, no dia 17 de maio,
dia em que a homossexualidade deixou de ser doença mental
no Código Internacional de Doenças da Organização
Mundial da Saúde, em 1992. O Governador Roberto Requião
disse durante reunião semanal que tem um lado feminino lésbico.
Foram registrados vários casos de violência contra
homossexuais em todo o país, tendo destaque o rapaz que foi
espancando por um grupo formado por menores no município
de Niterói, interior do Rio de Janeiro. Ataques de skinheads
em São Paulo foram freqüentes, mas ninguém foi
julgado e condenado.

*
* * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *

Apoio
de Lula

O Presidente Lula convocou a primeira Confêrencia Nacional
de Homossexuais para maio de 2008, onde pretende conversar sobre
as demandas do movimento homossexual brasileiro. Uma vitória
e tanto, já que o programa Brasil sem Homofobia não
foi implantado com sucesso.

*
* * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *

Ano
político

Para o próximo ano pode-se esperar o discurso conservador
da bancada evangélica, acertos que garantirão a governabilidade
em troca de limitações dos direitos dos homossexuais.
Teremos candidatos a favor dos homossexuais se digladiando por votos
e pouco sendo feito efetivamente. A Parada gay se tornará
um verdadeiro palanque eleitoral e, quem sabe, teremos algum gay
eleito.

*
* * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *

Fim
de ano

Porém o carnaval termina mais cedo e o país deve trabalhar
o mês de fevereiro. Algum impacto na economia deve ter e as
perspectivas de crescimento devem refletir em consumo. O fim da
CPMF deve criar novos impostos, para manter as despesas do governo
que são altas e devem aumentar por causa do pleito. O bio
combustível é a grande charada do próximo ano,
bem como os pactos ambientais para a redução da emissão
de carbono. Resumindo, os gays devem ter mais um ano de muita festa
e poucas conquistas, já que a pauta global não está
com prioridade nos Direitos Humanos. O Oriente Médio deve
ser foco de atenção mundial com as recentes crises
políticas no Paquistão. Esse é o apanhado geral
do nosso micro e macro cosmos atual, bom fim de ano.

 

*
* * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *
Allan Johan

*
* * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *