Dia 8 de maio é o Dia Internacional do Câncer de Ovário, uma oportunidade muito importante para aumentar a conscientização sobre essa doença. Datas como essa são cruciais para que possamos refletir sobre essa doença que, embora silenciosa, não é invisível. Com uma incidência de 6 mil novos casos por ano no Brasil e estimativas globais de até 300 mil novos casos anualmente, o câncer de ovário merece atenção.
Embora seja a segunda neoplasia ginecológica mais comum, muitas mulheres não estão cientes dos fatores de risco associados ao câncer de ovário. A falta de um programa de rastreamento geral torna a prevenção e a consulta médica regular ainda mais cruciais. Mulheres na perimenopausa e pós-menopausa, especialmente aquelas com histórico familiar de primeiro grau, estão em maior risco. Ainda fatores como nuliparidade (que nunca teve filhos), idade fértil atrasada e histórico de outros cânceres ginecológicos também aumentam a probabilidade de desenvolvimento desse tipo de câncer.
A oncologista clínica Dra. Aline Vieira, do Instituto de Oncologia do Paraná (IOP), ressalta que embora não seja possível prevenir todos os casos, gravidez, lactação, menopausa precoce e uso de contraceptivos hormonais estão associados a um menor risco. A remoção das tubas uterinas, conhecida como salpingectomia, pode ser considerada em mulheres com indicação de histerectomia por doença benigna.
Além disso, é essencial estar ciente dos sintomas, como aumento do volume abdominal, dificuldade de comer, sensação de saciedade precoce, dor abdominal, pélvica ou lombar e urgência urinária frequente. Esses sintomas, especialmente quando presentes na maioria dos dias por três semanas, devem ser discutidos com um médico.
Embora esses sintomas possam ser indicativos de várias condições, incluindo o câncer de ovário, é crucial buscar orientação médica para avaliação e diagnóstico adequados. A detecção precoce pode fazer toda a diferença no tratamento e no prognóstico do câncer de ovário.
Neste Dia Internacional do Câncer de Ovário, deve-se lembrar que a prevenção e a conscientização são as melhores ferramentas na luta contra essa doença. Não se ignorar os sinais do corpo e deve-se lembrar sempre de cuidar da sua saúde.
