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Foto: Divulgação UniBrasil

O dia 21 de setembro marca o Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência. De acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) – realizada em 2022 e divulgada em 2023 –, no Brasil há em torno de 18,6 milhões de pessoas (de 2 anos ou mais) que possuem algum tipo de deficiência. Isso representa aproximadamente 8,9% da população brasileira. 

Esses dados mostram a importância de projetos como o Ampliar, realizado pelo UniBrasil, que tem como objetivo transformar vidas por meio da natação adaptada, oferecendo apoio especializado e uma estrutura de qualidade para pessoas com deficiência física ou intelectual. 

Criado em 2012 pela professora Eliana Patrícia Pereira, do curso de Educação Física, atualmente, o projeto reúne mais de 70 pessoas com deficiência. No programa, elas participam de atividades de natação que unem lazer, reabilitação e preparo esportivo. O Ampliar envolve estudantes de Educação Física e Fisioterapia, fortalecendo a conexão entre ciência, comunidade e transformação social. 

Um dos critérios avaliados para o aluno participar do programa é ele ter algum tipo de deficiência, sendo esta, física, sensorial, intelectual, visual, síndrome de Down e Espectro Autista (TEA) nível 1.  Com isso e com a participação da comunidade acadêmica, o UniBrasil reforça sua atuação, garantindo a inclusão de pessoas com deficiência e promovendo a qualidade de vida e a autoestima de seus alunos e suas famílias. 

Resultados

Entre os resultados estão conquistas que vão além das piscinas, como maior autonomia no dia a dia, fortalecimento da autoestima e até mesmo a inserção em competições esportivas. Para ela, envolver esses alunos e suas famílias nas atividades esportivas, promovidas pelo Ampliar, ajuda a consolidar para os próprios participantes quais as suas reais capacidades. “Eles vão aprender a nadar e a andar de ônibus sozinhos. Eles viajam comigo para alguns campeonatos estaduais e até em competições menores sem os pais. O nosso trabalho é dar a eles os recursos para desenvolverem todo o potencial e autonomia com liberdade de escolha”

A iniciativa também cria uma rede de apoio para as famílias, oferecendo acolhimento e troca de experiências. “Tem aluno que saiu daqui e foi para um clube maior, por exemplo, para treinar todos os dias. Então a gente está em um projeto que é uma natação Paralímpica, mas chega em um determinado ponto que eles vão voar”, ressalta a professora. Reconhecido publicamente, o projeto já rendeu à professora Eliana o Prêmio Pablo Neruda de Direitos Humanos, pela Câmara Municipal de Curitiba, em 2023.