Com a proximidade da estação mais quente do ano, a preocupação já atinge algumas pessoas. Apesar da primavera ser muito conhecida pelas alergias respiratórias provocadas, o calor também tem efeitos nocivos. A alergia ao calor manifesta-se basicamente com alterações de pele que aparecem sob a forma de urticária (placas pelo corpo com vermelhidão e coceira intensa).

Apesar de rara, a urticária ao calor é um tipo de urticária física. Pode estar associada a outros tipos de urticária física como urticária ao frio e solar. A urticária ao calor é uma das apresentações mais raras dentre as urticárias, segundo os especialistas.

Os principais sintomas relacionam-se são o inchaço e coceira nas áreas da pele expostas ao calor. As lesões surgem 2 a 15 minutos após a exposição ao calor e podem persistir por até 3 horas.

De acordo com os dermatologistas, a alergia ao calor pode apresentar sensação de queimação no local das pápulas (pequena elevação sólida e limitada na pele).

No entanto, alguns pacientes podem apresentar outros sintomas que não os de pele. Entre estes síntomas estão síncope, fadiga, náuseas, vômitos, dor abdominal, febre e dispnéia. Esses sintomas acontecem quando a área exposta ao calor for mais extensa.

Embora não existam estudos conclusivos, acredita-se que a transmissão da alergia seja genética, mas não há um mecanismo patogênico completamente bem elucidado.

Para ter certeza do diagnóstico, é importante procurar uma clínica dermatológica. O diagnóstico pode ser feito por colocação na pele de um cilindro com temperatura entre 40 a 50 graus durante 4 a 5 minutos. Em poucos minutos, após a retirada do estímulo, visualiza-se uma pápula no local.

Existem duas formas de urticária ao calor: uma localizada (adquirida, familiar imediata e familiar tardia) e outra generalizada. No caso da urticária familiar o surgimento das lesões é mais tardio, em torno de 2 horas após o contato com o calor, persistindo por até 6 a 10 horas.

Anti-histamínicos ajudam

Para quem tem alergia ao calor, a notícia não é das meçlhores. O tratamento é limitado e pouco eficaz. O uso de anti-histamínicos anti-H2 pode ser empregado. A Doxipina sistemica oral pode ser uma boa opção. A administração de anti-tes com doenças alérgicas de pele, após a exposição ao calor e aumento da sudorese, apresentam lesões de pele. Isso acontece na dermatite atópica.

Há dois tipos de urticárias que podem apresentar relação consequente ao calor: urticária solar e urticária colinérgica. Na urticária solar as lesões de pele aparecem 5 a 10 minutos após a exposição à radiação ultra-violeta.

Já na de segundo tipo, a urticária colinérgica há o aparecimento de pequenas pápulas com coceira com um halo de eritema (vermelhidão) associado. Essa situação é precedida de aumento da temperatura corporal através de exercícios físicos, banhos quentes, vestimentas pesadas e grossas, ingestão de alimentos picantes e tensão emocional. Por razões desconhecidas a febre não costuma causar urticária colinérgica.


Veja quais os sintomas

Principais sintomas da urticária
– Inchaço e coceira nas áreas expostas ao calor
– As lesões aparecem de 2 a 15 minutos após a exposição e podem durar até 3 horas
– Sensação de queimação
– Pequenas pápulas (elevação sólida e limitada da pele)

Sintomas para os alérgicos mais graves
– Síncope
– Fadiga
– Náuseas e vômitos
– Dor abdominal
– Febre
– Dispnéia (dificuldade de respirar caracterizada por respiração rápida e curta, ger. associada a doença cardíaca ou pulmonar)

– Na urticária solar os sintomas aparecem 5 a 10 minutos após a exposição à radiação ultra-violeta.
– Na urticária colinérgica há o aparecimento de pequenas pápulas com coceira com um halo de eritema (vermelhidão) associado.