
Para além da icônica estufa e da variedade de plantas e flores, outro atrativo tem chamado atenção dos turistas que visitam o Jardim Botânico de Curitiba neste mês de julho: a exposição “Fauna Ameaçada é Fauna a Ser Salva”, em cartaz na Galeria das Quatro Estações. A mostra reúne fotografias de 33 espécies ameaçadas de extinção e tem sido destaque durante o período de férias escolares.
Inspirada na mais recente edição do Livro Vermelho da Fauna Ameaçada de Extinção do Paraná, lançado em formato digital pelo Governo do Estado em 2023, a exposição convida os visitantes a refletirem sobre a urgência da conservação da biodiversidade paranaense.
O paulista Felipe Ricardo, morador de Curitiba, aproveitou a visita dos pais para conhecer a exposição. “Gostei muito, principalmente por retratar os animais em extinção e alertar sobre os cuidados necessários. Mostra o que pode acontecer se não agirmos”, comentou.
A sergipana Patrícia Dantas também se mostrou impactada. Morando em Curitiba há um ano e meio, ela visitou o Jardim Botânico pela segunda vez. “Essa proposta do Jardim é acolhedora. Nem todo mundo entende a importância dessa exposição, mas acredito que ela pode provocar mudanças na forma como as pessoas pensam o meio ambiente”, afirmou.
Já Valdete Andrade Santos, que visita Curitiba pela primeira vez, destacou a relevância das imagens. “Essas fotografias ajudam as pessoas a identificarem o que existe na cidade e no Estado, valorizando a fauna local”, disse.
Promovida pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria do Desenvolvimento Sustentável (Sedest) e do Instituto Água e Terra (IAT), a mostra fica aberta ao público até 3 de agosto, com entrada gratuita. A visitação pode ser feita todos os dias, das 6h às 19h30.
Rede de proteção ativa
A exposição também evidencia o trabalho da rede de apoio à fauna silvestre do Paraná, coordenada pelo IAT. Entre janeiro e abril de 2025, essa estrutura — formada pelo Centro de Triagem e Reabilitação de Animais Silvestres (Cetras), Centros de Apoio à Fauna Silvestre (CAFS), instituições de ensino e organizações da sociedade civil — realizou o resgate e reabilitação de 1.483 animais. O número representa 40% de todos os atendimentos realizados em 2024.
Como denunciar
Casos de animais feridos, vítimas de maus-tratos, tráfico ou cativeiro ilegal devem ser denunciados. A população pode entrar em contato com a Ouvidoria do Instituto Água e Terra, com a Polícia Militar do Paraná ou pelo Disque Denúncia 181. Quanto mais informações forem repassadas sobre o local e a situação do animal, mais ágil será o atendimento.