Exposição no Jardim Botânico de Curitiba mostra exuberância das bromélias brasileiras

Obras desenhadas por artistas do Centro de Ilustração Botânica do Paraná

SMCS
bromelias jardim botanico

Galeria das Quatro Estações do Jardim Botânico (Foto: Ricardo Marajó/SMCS)

A fauna brasileira, que se desenha vividamente na paisagem do Jardim Botânico de Curitiba, encontra agora sua expressão artística na recém-inaugurada exposição da Galeria das Quatro Estações. O prefeito Rafael Greca abriu nesta quinta-feira (16/11) no local a mostra Bromélias Brasileiras, com obras desenhadas por artistas do Centro de Ilustração Botânica do Paraná.

No evento, também foi lançado o calendário de 2024, imortalizando as imagens da exposição, disponível para aquisição na loja do espaço.

“Que este seja um ritual anual, pois o processo cultural iniciado aqui com o Centro de Ilustração Botânica precisa persistir. Todos os anos merecem a primavera, o verão, o outono e o inverno e todas as maravilhas da natureza do Brasil merecem o nosso carinho”, expressou o prefeito.

A mostra organizada pela Fundação Cultural de Curitiba reúne ilustrações de 18 espécies de bromélias nacionais, cada uma concebida por um artista diferente, utilizando técnicas distintas que ressaltam suas particularidades. O espaço estará aberto para visitação até fevereiro, diariamente, das 10h às 18h, com entrada gratuita.

As espécies apresentadas são nativas das regiões Sul, Sudeste, Nordeste e Norte do país, sendo a maioria cultivada no Jardim Botânico de Curitiba.

As bromélias, plantas endêmicas das regiões tropicais das Américas, com suas flores delicadas e folhas vistosas, possuem grande potencial ornamental, tornando-se alvo do comércio e colecionadores, o que coloca muitas delas em risco de extinção.

Alessandro Cândido, diretor do Centro de Ilustração Botânica do Paraná, enfatizou: “Privilegiamos as espécies brasileiras visando conscientização e preservação.”

Passo a passo
Esse trabalho é um marco na agenda anual do Centro de Ilustração Botânica do Paraná. A montagem da exposição começa um ano antes, com uma pesquisa minuciosa sobre as espécies nacionais. Cada artista escolhe sua planta e a abordagem para representar seu exemplar.

O processo envolve estudo individual, observação, desenho, testes de cor e, em média, um mês e meio de trabalho na ilustração definitiva.

Ana Deliberador, uma das artistas expositoras, dedicou três meses para concluir a ilustração da Alcantarea Imperialis, uma produção intensiva de 8 horas diárias, utilizando tinta a óleo em grande escala, 1,90m.

“Espaços como este do Jardim Botânico são cruciais para a divulgação da arte e dos artistas locais. A arte, muitas vezes bela e pouco valorizada, é uma forma de preservar e dar vida a momentos únicos”, disse Ana.

A celebração foi marcada por um coquetel no restaurante escola do Sesc, onde o maestro regente titular da Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional de Brasília, Claudio Cohen, acompanhou o lançamento.

“Esse passeio já estava na minha agenda e fico muito feliz em visitar essa cidade tão agradável. Este local é um exemplo de como Curitiba consegue ser atual e inspiradora.” O maestro se apresentará com a Orquestra Sinfônica do Paraná neste domingo (19/11), às 10h, no Teatro Guaíra.

O pipoqueiro, Carlos Pedro Venâncio, comemorou a movimentação que exposições como esta e o Natal de Curitiba trazem ao Botânico. “Esse prefeito é uma benção para Curitiba, aumentamos nossas vendas e conseguimos um fôlego bom nesse fim de ano”, comentou.