Carne de onça – foto Gean Cavalheiro (2)
Foto Gean Cavalheiro

A 9ª edição do tradicional Festival de Carne de Onça de Curitiba já tem data marcada. O festival será realizado de 17 de setembro a 8 de outubro. Bares e restaurantes interessados em participar podem se inscrever até o dia 15 de agosto. Para formulário e mais informações, basta entrar em contato pelo whatsapp (41) 9 9941-9372.

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O evento é organizado pela plataforma de gastronomia Curitiba Honesta desde 2014, é responsável por alavancar o interesse da cidade pelo petisco. Como resultado, a carne de onça foi considerada Patrimônio Cultural Imaterial de Curitiba em 2016 e ampliou seu alcance em 2025, sendo reconhecida como Patrimônio Cultural do Paraná. Recentemente, o prato recebeu o selo de Indicação Geográfica (IG) de Curitiba pelo INPI – Instituto Nacional do Propriedade Industrial

Sobre a carne de onça

Típica da capital paranaense desde os anos 1930/40, a carne de onça  consiste em uma fatia de broa de centeio coberta com carne bovina magra moída na hora, temperada com cebola branca, cebolinha, sal, pimenta-do-reino e azeite de oliva.

O nascimento do prato se mistura à história do futebol paranaense, conta Sérgio Medeiros, diretor da Curitiba Honesta e presidente da Associação dos Amigos da Onça, entidade criada para divulgar o prato nacionalmente.  Segundo ele, na década de quarenta havia em Curitiba um time de futebol chamado Britânia, cujo diretor era o Cristiano Schmidt. O Schmidt tinha um bar chamado “Toca do Tatu”.  Quando o Britânia ganhava, ele servida aos jogadores a carne crua sobre fatias de broa, cebola, cebolinha, sal e azeite. Um dia o Duia, goleiro do time, reclamou: “Poxa, Schmidt, você só serve essa carne aí, que nem onça come”. E aí surgiu a “carne de onça”. Os clientes da Toca do Tatu começaram a pedir o prato e o Schmidt teve que colocar no cardápio. Logo outros bares da cidade também começaram a servir. O resto é história.