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Queijo colonial (Foto: Carina Pelegrini)

Mais um produto paranaense foi indicado com Indicação Geográfica (IG). Dessa vez, o queijo colonial do Sudoeste obteve o certificado pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI).

O queijo é produzido em 42 municípios do Sudoeste paranaense. Com a indicação, os produtores mais mais oportunidades para conquistarem acessos a novos mercados, expandindo as vendas.

Para a produtora Cristina Bombonato, do município de Pinhal de São Bento, a Indicação Geográfica traz responsabilidades ainda maiores, ao mesmo tempo em que reconhece a cultura local.

“Implica em termos processos produtivos mais rigorosos e seguros através de boas práticas na propriedade. Isso faz diferença para o consumidor, traz credibilidade. Além disso, a IG também é um reconhecimento histórico, uma vez que a colonização italiana trouxe essa cultura da produção de leite e queijo. É a preservação dessa identidade que carregamos”, destaca.

Na família de Angela Bach, de Santa Izabel do Oeste, que produz desde a década de 1990, a relação com o queijo ultrapassa gerações. A propriedade de Angela produz cerca de 800 litros de leite por dia e entrega queijo de três tipos por toda a região: colonial, colonial temperado e maturado.

“Uma tradição passada de avó para os filhos e, consequentemente para nós, netos. Tudo começou com duas vacas de leite, de forma artesanal. Ao longo desses anos, passamos por dificuldades, tivemos desafios, mas crescemos. Essa conquista da IG representa muito, porque traz reconhecimento a essa história que se repete em tantas outras famílias”, avalia Angela.

De acordo com dados do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Agricultura e do Abastecimento do Paraná (Seab), a região Sudoeste tem aproximadamente 20 mil produtores de leite, responsáveis por uma produção estimada em 1 bilhão de litros por ano, sendo a principal bacia leiteira do Paraná.