O Julho Verde-escuro é dedicado à conscientização, prevenção e combate aos cânceres ginecológicos. O grupo que engloba os tumores malignos que afetam o colo do útero, corpo do útero (endométrio), ovários, vulva e vagina. No Brasil, segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), mais de 30 mil novos casos de câncer ginecológico surgem a cada ano. Câncer de colo do útero e de ovário figuram entre os mais incidentes e com maior taxa de mortalidade na população feminina.
Dentre estes tumores, o câncer de colo de útero pode ter prevenção com vacina para o HPV, além de ter tratamento mais eficaz quando detectado precocemente. A falta de informação, o acesso desigual à saúde e a baixa adesão aos exames de rastreamento ainda são grandes desafios.
A infecção persistente pelo HPV (Papilomavírus Humano) pode causar mais de 90% dos casos de câncer de colo do útero. Vacinação e realização periódica do exame preventivo (Papanicolau) podem evitar a doença. Já os cânceres de ovário e endométrio, embora menos preveníveis, podem ter o risco reduzido com hábitos saudáveis, controle de peso, acompanhamento ginecológico regular e atenção aos sinais do corpo, como sangramentos anormais, dores pélvicas persistentes e alterações no ciclo menstrual.
A campanha Julho Verde-escuro visa justamente romper o silêncio em torno desses temas, incentivar o diálogo sobre saúde feminina e promover o acesso à informação qualificada. “É fundamental que as mulheres entendam que a prevenção vai muito além do Papanicolau. Envolve também a vacinação contra o HPV, o reconhecimento de sinais de alerta e o acompanhamento regular com ginecologistas e oncologistas. Quando diagnosticado precocemente, o câncer ginecológico pode ter altos índices de cura. O Julho Verde-escuro é uma oportunidade de falar com clareza sobre o assunto e reforçar a importância do autocuidado e da saúde feminina como prioridade”, destaca Dr. João Soares Nunes, oncologista clínico do IOP (CRM 35013 e RQE 19703/19704).
Sinais de alerta e formas de prevenção
Entre os principais sintomas de alerta para os cânceres ginecológicos estão:
- sangramentos anormais fora do período menstrual
- dor pélvica persistente
- alterações no fluxo menstrual
- inchaço abdominal frequente
- dor durante a relação sexual
- perda de peso sem causa aparente
- presença de lesões ou coceiras na região genital.
Esses sinais não devem ser ignorados, pois podem indicar alterações importantes que exigem avaliação médica. A prevenção passa por hábitos de vida saudáveis, como manter o peso adequado, não fumar, praticar atividade física e adotar uma alimentação equilibrada, além do uso de preservativos, vacinação contra o HPV e consultas regulares com ginecologistas. Exames como o Papanicolau, ultrassonografias e outros métodos de rastreio são essenciais para detectar lesões em estágios iniciais e aumentar as chances de cura.
Ações de educação em saúde, prevenção e diagnóstico precoce são fundamentais para mudar esse cenário