
O Paraná está prestes a celebrar seis anos sem registrar casos autóctones de febre amarela em humanos. A última ocorrência de paciente que contraiu a doença no local da residência foi confirmada em Quatro Barras, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), em 2 de maio de 2019. Desde então, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) reforçou as estratégias de monitoramento e controle da doença.
De acordo com a Sesa, o estado tem utilizado o Sistema de Informação em Saúde Silvestre – SISS-Geo, ferramenta que possibilita o georreferenciamento de epizootias para mapear a circulação do vírus. Isso estaria permitindo rastrear a morte de macacos infectados pelo vírus da febre amarela, possibilitando o monitoramento detalhado da circulação do vírus amarílico em áreas silvestres do estado.
“Esse trabalho é essencial para detectar precocemente a circulação do vírus e antecipar as medidas preventivas relacionadas à vacinação e planejamento de ações para a assistência dos casos humanos”, destaca o secretário estadual da Saúde, Beto Preto.
Os macacos, assim como os humanos, podem ser infectados por meio picada dos mosquitos transmissores da febre amarela e atuam como um alerta precoce para a presença do vírus em determinada região.
Em 28 de março de 2022, um caso positivo foi identificado no Paraná. No entanto, a investigação revelou que o paciente contraiu a doença no Tocantins e não havia sido vacinado. Apesar do cenário favorável no Estado, Beto Preto reforça a necessidade de manter a prevenção.
“Esse é um dado positivo, mas a vacinação continua sendo essencial, especialmente para trabalhadores rurais e pessoas que frequentam áreas de mata. Também é importante que a população informe a vigilância em saúde do município caso encontre um macaco morto, para que seja feita a coleta de material e encaminhamento para análise laboratorial”, alertou.
IMUNIZAÇÃO
A vacina contra a febre amarela está disponível em todas as unidades de saúde do Paraná e é a única forma comprovada de prevenção. O imunizante leva cerca de dez dias para garantir a proteção completa. Para quem vive ou circula em áreas de mata, a Sesa também recomenda o uso de roupas de manga longa, calça comprida e repelente como medidas adicionais de segurança.