desencalhe de baleia
Simulação de tração em baleia jubarte (Foto: Ana Cláudia Nunes/LEC/UFP)

Imagine se deparar com baleias, golfinhos ou outros grandes mamíferos marinhos encalhados na praia. O encalhes desses grandes cetáceos são emergências ambientais que exigem resposta rápida, técnica e coordenada.

A teoria e a técnica dessa atuação estão na programação de um curso intensivo do qual participaram profissionais do Laboratório de Ecologia e Conservação (LEC) da Universidade Federal do Paraná (UFPR), em Santa Catarina, em maio.

A capacitação foi realizada na cidade de Imbituba, nos limites da Área de Proteção Ambiental da Baleia Franca (Apabf). A ação foi promovida pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), em parceria com a Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), Instituto Australis e Associação R3 Animal.

O curso, do qual participaram 50 representantes de instituições públicas e privadas, teve como objetivo revisar e fortalecer o Protocolo de Encalhes e Emalhe de Mamíferos Marinhos da Apabf, além de habilitar e integrar os profissionais que atuam em eventos de encalhe no litoral Centro-Sul e Norte de Santa Catarina, e no Paraná.

Participaram da atividade os técnicos do Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS) do LEC: o médico veterinário Felipe Yoshio Fukumori, os monitores ambientais Thomaz Barreto e Chaara Buss, e a assistente de comunicação Ana Cláudia Nunes.

A capacitação necessária para esses atendimentos inclui planejamento, logística, segurança, bem-estar animal e tomada de decisão em diferentes cenários, inclusive casos de eutanásia. Entre as causas do encalhe de grandes cetáceos estão as naturais, como doenças, e as provocadas por seres humanos (antrópicas), como colisões com embarcações, emalhes em redes de pesca e poluição marinha.

Aula prática teve protótipo de baleia encalhada

Na sequência da etapa teórica, os cursistas participaram de simulações de resgate na praia, com uso de um protótipo animal que representa um filhote de baleia-jubarte com cerca de sete metros.

A capacitação integra os esforços do ICMBio e parceiros em prol da Década da Ciência Oceânica para o Desenvolvimento Sustentável (2021–2030), promovida pelas Nações Unidas.

Caso você encontre animais marinhos debilitados ou mortos nas praias do litoral do Paraná, acione a equipe do PMP-BS/LEC-UFPR pelo telefone 0800 642 33 41 ou pelo WhatsApp (41) 9 9213-8746.

Sobre o PMP-BS
A realização do Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS) é uma exigência do licenciamento ambiental federal, conduzido pelo Ibama, para as atividades da Petrobras de produção e escoamento de petróleo e gás natural na Bacia de Santos. No Paraná, Trecho 6, a execução é realizada pela equipe do LEC.

Com informações Ana Cláudia Nunes (LEC/UFPR)